Um livro antigo, cheio de mitos, lendas e erros e de muito pouco proveito.
Este é o pensamento de muitos céticos mal-intencionados e/ou mal informados.A Bíblia é o livro que os cristãos assumem como sendo a Palavra de Deus, no sentido de revelar e ensinar ao seu leitor como conhecer e se relacionar com Ele.
Por que podemos confiar na Bíblia?
Diversas provas circunstanciais e internas testificam que a Bíblia é um livro singular, único, sobrenatural e divino.
Provas circunstanciais1.
Um exame superficial prova que a Bíblia é especial. Analise as seguintes evidências:
a) Número de manuscritos – manuscritos são cópias de livros antigos reconhecidos por autoridades como confiáveis. Quanto mais cópias, mais fidedignos podem ser.
1.Bíblia – mais de 20.000.
2.Ilíada, de Homero – 643.
3.Guerra Gaulesa (58 a.C) – 10.
4.História Romana (59 a.C.—17 d.C.) – 20.
5.Plínio, o jovem (113 d.C.) – 7.
6.História e Crônica, Tácito (c. 120 d.C.) – 2.
b) Hiato – é o intervalo de tempo entre o original e a cópia mais antiga. Homero viveu cerca de 800 anos antes de Cristo. Sabemos que ele é o autor de Ilíada. A cópia mais antiga encontrada foi entre 200 e 300 d.C., ou seja, mais de mil anos separam o autor e a cópia mais antiga. No caso da Bíblia, temos uma cópia de parte do evangelho de João que data de 98 a 150 d.C. João morreu em 100 d.C. Se nenhuma autoridade duvida que Ilíada é uma farsa, o mesmo peso deve valer para a Bíblia.
c) Fidelidade das cópias – especialistas de várias nacionalidades atestam a fidelidade das cópias. A mais impressionante é esta: até antes de 1947 a cópia mais antiga do capítulo 53 de Isaías fora datada como sendo do século XIII. Quer dizer que, quem redigiu a cópia, fez isto nos anos de 1200. Considerando que o profeta Isaías viveu por volta de 600 anos antes de Cristo, parecia razoável lançar dúvidas sobre este texto.
Neste ano de 1947, foram encontradas cópias de vários livros da Bíblia numa caverna no Mar Morto. Estas cópias foram datadas como tendo sido escritas por volta de 200 a.C., ou seja, achou-se cópias mil anos mais velhas que aquelas redigidas no séc. XIII. Após comparações dos textos, atestou-se a fidelidade das mesmas. Provou-se que por mais de mil anos copias foram sendo feitas e que mantiveram a fidelidade dos textos. Nenhum outro livro tem tamanha particularidade.
A Bíblia é a Palavra de Deus!
Ela é a única fonte de revelação sobre Deus, pois Ele é o Autor. Jesus é o assunto central e o Espírito Santo é o interprete. A Bíblia foi dada para nos reaproximar a Deus, revelar a vontade e o plano divino para a salvação da humanidade.
A Bíblia não tem falhas.
Críticos da Bíblia é que tentam desacreditá-la. Alguns já tentaram destruir todas as Bíblias do mundo, mas ninguém obteve sucesso até hoje. Outros tentam racionalizar a Bíblia e tirar dela o caráter milagroso. A Igreja Católica diz que a Bíblia não é a única fonte de revelação da vontade de Deus. Místicos a usam como um amuleto e os liberais e neoliberais dizem que ela tem falhas. Porém Jesus disse: “A tua Palavra é a verdade” Jo 17.17.
1) O Nome – “Bíblia” foi usado a partir do quarto século e deriva do grego biblion que significa “coleção de pequenos livros”. Escrituras é o termo mais comum ela para se referir a ela mesma - Mt 26.56. A Bíblia é na verdade, 66 pequenos livros agrupados em um único volume, escritos por cerca de 40 pessoas diferentes. Originalmente foi escrita em papiro (casca de planta) e em pergaminho (pele de animais).
2) Línguas originais e traduções – Escrita originalmente em hebraico e aramaico para o Velho Testamento e o Grego para o Novo Testamento foram traduzidas para outras línguas.
3) Livros Apócrifos – apócrifo significa não autêntico, falso. A Bíblia originalmente possui 66 livros, que chamamos de canônicos. Em 1546, a Igreja Católica incluiu 7 livros a mais (Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiático [não confundir com Eclesiastes], Baruque, I Macabeus, II Macabeus) além de acréscimos aos livros de Ester e Daniel.
4) Divisão da Bíblia - Os livros canônicos estão divididos em duas partes principais, que chamamos de Testamento. Cada um dos testamentos são subdividos em quatro partes. Além disso, temos os capítulos e versículos que facilitam a procura por um texto específico.
- Velho Testamento - 39 Livros.
- Lei – De Gênesis a Deuteronômio.
- História – De Josué a Ester.
- Poesia – De Jó a Cantares de Salomão.
- Profetas – De Isaías a Malaquias.
- Novo Testamento - 27 livros
- Evangelhos – De Mateus a João.
- História – Atos.
- Cartas – De Romanos a Judas.
- Profecia – Apocalipse.
A Bíblia foi escrita por homens inspirados por Deus. Eles receberam uma iluminação especial e milagrosa para tal tarefa. “Todo o texto das Escrituras, inclusive as próprias palavras, é um produto da mente de Deus em termos e condições humanos”. (H. W. House – Teologia Cristã em quadros, ed. Vida). Em outras palavras, Deus respeitou a limitação humana daquele que ele usou para escrevê-la. Deus não simplesmente ditou palavra por palavra, mas inspirou-os a escreverem o que escreveram.
Unidade na diversidade
A despeito da grandessíssima diversidade de condições, a mensagem da Bíblia é perfeitamente harmônica e una. Quem já leu a Bíblia inteira percebe esta unidade.
- A diversidade de autores - 40 pelo menos - Moisés, Josué, Samuel, Davi, Isaias, Jeremias, Daniel, Mateus, Marcos, João, Paulo, Pedro, etc.
- A diversidade de suas atividades: Pastores de rebanhos, nobres, plebeus, acadêmicos, semianalfabetos, ricos, podres, escravos, senhores, etc.
- A distância cronológica – Entre o primeiro livro a ser escrito, Jó, e o último, Apocalipse, são passados entre 1000 e 1500 anos.
- Circunstâncias ambientais – em tempos de paz, em tempos de guerra; alguns em tempos de escassez, outros, de fartura...
Como estudar compreender a Bíblia
A Bíblia é um livro ao mesmo tempo antigo e atual, isto porque Deus, o seu autor Divino, está vivo. Ela fala tanto ao indivíduo que parece que foi escrita especialmente para ele.
Muitos, porém, têm alguma dificuldade na interpretação da Bíblia, porque não conhecem o Seu autor. 1 Coríntios 2.10,11 diz: “Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus. Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus”. Desta forma, para que você possa compreender bem as Escritura, precisa ter Jesus como o Senhor de Sua vida; precisa aceitá-lo como Salvador. Além disso, observe os seguintes pontos:
a) Lei do Contexto – É observar o que vem antes e depois do texto em destaque. Muitas heresias são criadas pela inobservância desta lei. Vamos pegar como exemplo o Salmo 14.1 (NVI). Para este exercício, vamos dividir o versículo em 3 partes: a, b, c.
(a) Diz o tolo no seu coração: (b) Deus não existe. (c) Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem.
Agora, vamos dizer que um ateu queira usar a Bíblia para provar que Deus não existe. Ele irá pegar apenas a parte b e dizer: “a própria Bíblia diz que Deus não existe, Salmo 14.1b”.
Qual é o contexto? As partes a e c. Conclusão: não observando a lei do contexto, criamos uma heresia: Deus não existe. Observando-a, vemos que os tolos espirituais é que dizem não existir Deus. Às vezes o contexto pode ser o capítulo inteiro, ou o livro inteiro.
b) Ler a Bíblia inteira
Para evitar má compreensão, deve-se ler a Bíblia inteira e não apenas textos isolados. Não precisa bater recorde de leitura. Leia um capítulo por dia. È bom começar pelo Novo Testamento, tendo em vista a familiaridade que já temos com a história de Jesus. Somente depois vá para o Velho Testamento.
Escolha da tradução – Indico a NVI (editora Vida) ou a Nova Tradução na Linguagem de Hoje (Sociedade Bíblica), que têm uma linguagem mais atual e simples. Mas tantas quantas traduções diferentes você ler, melhor será seu aprendizado e compreensão. Como a Bíblia não foi originalmente escrita em português, é preciso pesquisar as diversas acepções dos originais.
Oração
Ore e peça a Deus iluminação para compreender a Bíblia. Se Deus é o autor divino, é a melhor pessoa para auxiliar na compreensão de sua obra.
1- BLANCHARD, J. Por que acreditar na Bíblia? São Paulo. Fiel. 2006.
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