Subscribe Us

A Importância de Barnabé para que a Igreja rompesse as fronteiras da Judeia

Barnabé foi uma pessoa chave para que a Igreja Cristã rompesse as fronteiras da Judeia e avançasse para os Confins da Terra.

Entre os anos de 35 a 43 d.C.  a Igreja começa a experimentar a intensificação das perseguições. Primeiro, Estevão é acusado e assassinado pelos judeus, com o consentimento de Paulo. Alguns crentes fogem de Jerusalém. Paulo segue em perseguição a alguns, mas é convertido no caminho de Damasco. Por três anos ele fica fora de operação e volta para sua cidade natal, Tarso.



Em 41, agora como rei da Judeia, está Herodes Agripa, neto de Herodes, o Grande. Ele intensifica a perseguição aos crentes, mandando matar Tiago, o apóstolo. Aqui estamos nos relatos de Atos 11.19 - 12.25.

Judeus convertidos de outras cidades foram parar em Antioquia e ali foi plantada uma igreja de tal importância que notícias dela chegaram à liderança em Jerusalém. Por isso, Barnabé fora enviado para supervisionar a comunidade.

Neste ínterim, Herodes manda prender Pedro para o matar. Todavia, Deus o livra de modo sobrenatural. Herodes é morto por ação direta de Deus.

Ao mesmo tempo, algumas pessoas vão de Jerusalém a Antioquia, e um deles, pelo Espírito, prevê fome na Judeia. Os crentes de Antioquia fazem uma coleta para socorrer os irmãos e enviam Paulo e Barnabé com as doações.

Os dois delegados voltam para Antioquia, trazendo o primo de Barnabé, João Marcos, filho de Maria, uma casa onde a Igreja se reunia (At 12.12).

A importância de Barnabé.
A Igreja de uma forma geral dá pouca importância à pessoa de Barnabé, mas vemos como ele foi fundamental para que a Igreja romper as fronteiras territoriais da Palestina.

  • Barnabé que recebeu sem preconceito Paulo.
  • Barnabé foi a Antioquia, uma cidade gentílica, supervisionar a Igreja.
  • Barnabé inicia a primeira viagem missionária com alvo específico aos gentios.

É dito de Barnabé que ele era o Filho da Consolação, ou seja, o encorajador, aquele que sempre tem uma palavra de ânimo, dom indispensável na Igreja. Ele era um homem bom, que significa possuidor de amabilidade (amável, dócil).  Homem generoso (At 4.36) e apaziguador.
O que se poderia dizer sobre o caráter de Barnabé? Era uma pessoa boa, generosa, e calorosa, que ofertou abundantemente seu tempo e seus talentos para a causa de Cristo, tanto em casa como nos lugares distantes. Era um homem de oração, que buscava a direção do Espírito Santo para tomar as decisões. Encorajava seus companheiros de trabalho no ministério cristãos e era um amigo sempre disposto a dar uma segunda chance a quem precisasse. Via potencial nas pessoas e desejava recrutá-las, mesmo que, só como tempo, conforme aconteceu com Paulo pudessem superar as dificuldades. Como qualquer outro ser humano, Barnabé podia ceder à pressões, mas geralmente, ‘era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé’ (At 11.24)[1]

Barnabé foi um homem chave nos planos de Deus pois sem ele, Paulo não teria sido bem acolhido e quem sabe, neutralizado. Antes ainda, quando a Igreja começou em Atos 4, foi ele quem iniciou o projeto para sustentar os irmãos, vendendo sua propriedade e distribuindo aos necessitados.

Mas tarde, o vemos indo a Antioquia supervisionar uma Igreja em terra gentílica, e, principalmente, buscando Paulo de volta para prepara-lo à missão aos gentios em suas terras.

Lições para nós
Além de vermos o quanto Barnabé foi importante e útil com seus talentos e bens, outras lições extraímos deste relato de Atos:
1- Tribulações e perseguições contribuem para o crescimento do Evangelho.
2- Tiramos deste relato princípios para a liderança espiritual da Igreja de Cristo.
    a) A Igreja de Jerusalém detém a autoridade sobre as novas igrejas locais – isto em função de que os Apóstolos estavam ali baseados. O Cânon ainda não estava concluído aliás, nem iniciado. Por isso, a autoridade máxima residia naquilo que os Apóstolos estariam ensinando. Nos nossos dias a Autoridade Máxima repousa na Bíblia.
    b) Em questões secundárias, ou seja, que não envolvam doutrinas fundamentais, cada igreja local (ou denominação) é livre para agir conforme seu tempo, cultura, usos e costumes).
    c) Há espaço para ações sobrenaturais na Igreja, contudo, estes milagres:
a.       Ocorrem sob a direção do Espírito.
b.       Nunca contradizem a Bíblia.
    d) Temos um modelo de liderança da Igreja
a.       Plural – presbíteros
b.       Masculina
Conclusão
Jesus apontou desde o início qual seria o modelo de liderança na Igreja local. Ele deve ser continuado até a sua volta. Em síntese, esta liderança não deve ser concentrada num homem só, e somente exercida por homens. Porém, nenhum colegiado tem mais autoridade que a Bíblia.

As tribulações são instrumentos de Deus para o crente fiel, ora para edifica, ora para corrigir, ora para ensinar a depender do Senhor. O importante é ter em mente que Deus sempre está no controle.

Entretanto, o mais importante hoje é saber que todo crente tem seus dons. Ele precisa, se não o sabe, descobrir qual é e se colocar a serviço do Senhor e da Igreja. Você tem dons e habilidades dadas por Deus. Coloque-as, como Barnabé, a serviço do Rei Jesus e de sua Igreja.


[1] GARDNER, P (Ed). Quem é quem na Bíblia Sagrada: a história de todos os personagens da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2002. 

Postar um comentário

0 Comentários