Salário de pastor

Navegando pelo Orkut, acessei um fórum na Comunidade Pastores Batistas sem Igreja. No tópico "Sustento pastoral", um dos membros postou a seguinte resposta:

"Sou pastor Batista em tempo integral há 5 anos, entrei no ministério com um salário de R$ 750,00 depois mudei de igreja para receber R$ 250,00 fiquei assim por mais ou menos dois anos, depois aumentaram para R$ 1.000,00 e hoje ganho R$ 1.500,00,

neste período curto de tempo ministerial já fiquei sem igreja, e por sinal sem salário, por 4 meses e até aqui nunca me faltou nada. Deus tem suprido cada detalhe de nossas vidas muito mais até do que merecemos. Tenho adotado a filosofia de que pastor não é funcionário de igreja, mas sim de Deus e por isso seu sustento vem do Senhor. Assim como disse Paulo, sei o que é passar fome, sei o que é ter em abundância, sei o que é passar frio, sei o que é estar confortável, posso todas essas coisas porque Deus me fortalece. O que me deixa indignado hoje em dia é pastor que muda de igreja pequena pra igreja grande só por causa do salário e diz pra igreja pequena: 'foi vontade de Deus...'. Vontade de Deus nada, foi vontade dele, queria ganhar mais... O interessante é que na grande maioria das vezes só vejo cara saindo pra ganhar mais, nunca pra ganhar menos. E depois criticamos os pentecostais pela teologia da prosperidade, mas na prática muitas transições de igreja são por causa da prosperidade. Não posso generalizar e dizer que todos fazem pelo mesmo motivo, mas pessoalmente tenho que refletir... O ministério pra mim é uma profissão onde galgo cargos e salários cada vez maiores, ou é um chamado de Deus, que me sustenta independente do salário e dos cargos que vou ter? Tem um livro que gosto muito chamado o Último de grau da Liderança que diz [que] o maior desafio do ministério é subir para a humilhação... assim como Cristo. Acho que tem muito pastor querendo ser pop star da fé e poucos [querem] ter o mesmo sentimento que o de Cristo que sendo Deus não achou que ser igual a Deus era algo que devia se apegar... Outra coisa importante é lembrar que esse é um dos pontos que demonstra a degradação de nossa denominação. Enquanto alguns pastores ganham R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por mês e todo ano chegam no retiro dos pastores exibindo seus Corolas zero quilômetros, outros recebem de suas igrejas menos de um salário mínimo e andam quilômetros a pé ou de bicicleta porque nem um fusquinha podem ter. Não sou contra se ganhar bem, mas será que não tem um limite? Não sou comunista nem de longe, mas, será que esses que ganham fortunas não olham para o lado? Isso sem contar os pastores jubilados que muitas vezes são descartados pelas igrejas como um produto descartável qualquer, dão sua vida à serviço da obra, são comidos vivos pelas igrejas e depois jogados fora com bagaços de laranja. Aqui serviria muito bem a famigerada frase 'enquanto bem servir...'. Mas graças à liberdade batista, e à soberania das igrejas e dos pastores, isso nunca vai mudar... Os presbiterianos têm uma organização impressionante nessa área mas somos tão orgulhosos de ser batistas que penso que não admitiríamos que eles nos ensinassem... "

Qual a sua opinião, principalmente você que é um batista, e mais ainda, se for um pastor?