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Mais a Palavra, menos o milagre

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Em Éfeso, devido a grandes milagres realizados por meio de Paulo, uns exorcistas tomam uma surra de um endemoninhado ao tentar imitá-lo. O que este evento nos ensina?



Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo, de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saíam deles. Alguns judeus que andavam expulsando espíritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: "Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! " Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. Um dia, o espírito maligno lhes respondeu: "Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são? "Então o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou, espancando-os com tamanha violência que eles fugiram da casa nus e feridos. Quando isso se tornou conhecido de todos os judeus e os gregos que viviam em Éfeso, todos eles foram tomados de temor; e o nome do Senhor Jesus era engrandecido. Muitos dos que creram vinham, e confessavam e declaravam abertamente suas más obras. Grande número dos que tinham praticado ocultismo reuniram seus livros e os queimaram publicamente. Calculado o valor total, este chegou a cinquenta mil dracmas. Dessa maneira a palavra do Senhor muito se difundia e se fortalecia. Atos 19.11-20

O mundo dos magos, feiticeiros, exotéricos é marcador por “formulas” e “nomes”. Quem nunca viu em filmes e histórias, os bruxos recitando “palavras mágicas”? Isto não é novo. E entre os judeus também era comum.

Éfeso possuía uma escola universitária de artes mágicas. Bruxos e magos iam para lá aprender tais artes. E isto era um grande negócio. Ali estava o mais suntuoso templo da Diana (Artemis), a deusa cuja imagem caiu do céu.

Nesta cidade, efervescia a magia, ocultismos, idolatria, feitiçaria. Paulo anuncia na cidade o evangelho de Jesus e o Reino de Deus. Por dois anos ele expõe as Escrituras. Em lugar algum se diz que Paulo iniciou um ministério de libertação e curas divina. Lucas é claro ao registrar que as pessoas é que pegavam peças de roupa e os milagres aconteciam. Diante de tão fantástico poder, os empedernidos (não convertidos) querem o mesmo para si.

Lucas então registra que sete homens, que viviam andando de cidade em cidade praticando exorcismo, tentam expulsar um demônio usando a fórmula mágica: “em nome de Jesus a quem Paulo prega...”. Lamentavelmente para os tais é um desastre. O endemoninhado parte para cima deles, fere-os, e eles fogem envergonhados.

Dentre inúmeros, há três ensinamentos neste episódio que eu gostaria de destacar:

Não somos chamados para dedicar à curar e libertação.
Estas coisas não são a finalidade de nossa missão. Em Mt 28.19 somos comissionados a discipular e ensinar. Milagres são consequências da obediência à pregação da Palavra, que consiste na mensagem: arrependei-vos e crede no Evangelho.

A autoridade no nome de Jesus é para os crentes verdadeiramente crentes e íntimos dele.
Os exorcistas usam o nome, mas não tem nenhuma intimidade com Cristo. Isto nos ensina que o nome de Jesus não é fórmula mágica. É preciso ter intimidade com Jesus. É preciso ter autorização dele para falar em nome dele. E somente quem nasceu de novo de acordo com a Bíblia, tem esta intimidade e autoridade.

Os milagres por si só não convertem ninguém.
Quem vê um milagre, sempre espera um outro maior (Jo 6). Jesus dirá que desconhece muitos milagreiros que em seu nome realizam maravilhas (Mt 7.22,23). Satanás também realiza milagres (2Ts 2.9-12; Mt 24.23-26). A pregação da Palavra é que transforma o pecador (Rm 10.14).

Conclusão
Em Jesus, Deus salva aqueles que exercem fé e arrependimento. E para isto, não é necessário milagres extraordinários. Todavia, onde a Palavra é genuinamente pregada, milagres acontecem, pois o nosso Deus é um Deus de milagres. É o Deus do impossível.

Somos chamados para pregar a palavra, fazer discípulos. Quando obedecemos nosso Mestre, ele autentica nossa pregação operando maravilhas, mas, principalmente, convertendo e santificando o pecador.


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