Subscribe Us

A quarentena livrou-nos da morte

Fé e ciência foram colocadas por muitos de nós como irreconciliáveis. De fato, elas não são excludentes, entretanto, a pouca ciência e a falsa fé, ambas aliadas a muita presunção e não pouca humildade, é que fazem a distinção.


Exemplo clássico é que em nome da fé se dizia que o sol girava em torno da terra. E em nome da ciência, se desqualifica a Bíblia, quando na verdade o erro não é das Santas Escrituras, outrossim, de homens falhos e obtusos, tardios em entendimento.

A Bíblia não é um livro de ciências. No entanto, não há uma só vírgula dela que contradiz a ciência honesta e perfeitamente solidificada. Livros e livros já foram e serão escritos reconhecendo que aparentes contradições entre a ciência e a fé não passavam de incapacidade humana ou em entender a fé madura, ou em fazer a ciência direito.

Estamos em um tempo tenebroso desde o surgimento da Covid-19. Muito rapidamente a OMS disse que o melhor tratamento era o isolamento social. Todos, indistintamente foram isolados.

Não muitas semanas depois, alguns especialistas questionaram a ação, inclusive apontando não haver nenhuma base científica, nenhuma tese de doutorado ou artigo acadêmico provando a eficácia da quarentena radical. Porém, a mídia e os governantes mundiais concordaram com a decisão da OMS.

Desde o início eu busquei a Bíblia, pois ela foi, é e sempre será nossa única fonte confiável de orientação, ainda que, não seja um livro de ciência pura.

Em Levítico 13 há uma orientação sobre quem deve ser posto em isolamento em caso de doenças contagiosas: o doente.

Agora, uma vez mais lemos em Números 5.1-4: "O SENHOR disse a Moisés: Ordene aos filhos de Israel que expulsem do arraial todo leproso, todo o que tiver um fluxo e todo impuro por ter tocado em algum morto. Tanto homem como mulher devem ser expulsos do arraial, para que não contaminem o arraial, no meio do qual eu habito. Os filhos de Israel fizeram assim e os expulsaram do arraial. Como o SENHOR havia falado a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel".

De novo a orientação  é repetida nos mesmos  termos. E desde então a humanidade sempre procedeu da forma semelhante: isolar o enfermo.

É claro que ao longo da história humana erros foram cometidos. As pessoas doentes foram marginalizadas e isto acarretou preceitos. Porém, com amor e misericórdia, e o avanço da ciência, aprendemos também a vencer esta barreira. A Bíblia não preconiza a discriminação. Nós que cometemos.este erro.

Sabemos hoje que o que a Bíblia chama de lepra é uma forma genérica para todo tipo de doença de pele, inclusive a hanseníase, e quem sabe, ao câncer de pele. E ambas matam.

Agora, qual a sensibilidade usada pelos que defendem a quarentena radical na luta contra a Covid-19? Ninguém merece morrer. É verdade! Inclusive, a Bíblia diz: "Yaweh não tem prazer na morte do ímpio". Ou seja, Jesus não tem prazer na morte de ninguém. Nenhum cristão sincero se alegra quando morre nem o seu maior inimigo, quanto mais um pai, ou mãe, filhos, avós...

Entretanto, ninguém vive para sempre. Bebês morrem, crianças morrem, adultos e velhos morrem. Foi doloroso enterrar minha mãe. Nem imagino quanto doeu no casal que enterrou o filho que, num assalto, o menino ficou preso no cinto do carro e foi arrastado por alguns kilômetros.

É possível que a quarentena tenha salvado milhares ou até milhões de pessoas. Não discuto a sua eficácia. Todavia, cada um dos milhares de sobreviventes incontaminados irá morrer de outra coisa. Nenhum deles estará aqui nos próximos 10, 30, 70 ou 100 anos.

Uma coisa é categórica: o efeito colateral da quarentena, que  é a recessão, atingirá todos os países do mundo, em maior ou menor grau. A pobreza mata e gera violência.

Empurramos o problema para frente. De fato, no Brasil, até 24 de abril de 2020, experimentou pouquíssimas mortes devido a Covid-19. Aqueles que defenderam a quarentena estão dizendo que devemos a esta estratégia o baixo número de falecidos.

Veremos o que tem pela frente. O tempo dirá se a estratégia foi a melhor. Eu penso que não. Todavia, com a mais profunda sinceridade, estou torcendo com todas as minhas forças, e orando intensamente, para dizer: eu estava errado. Oxalá!



Imagem:Jesus curando um leproso
Vitral na St. Matthew's Lutheran Church, em CharlestonCarolina do Sul.


Postar um comentário

0 Comentários