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Sexta-Feira Santa

Fig 1

Logo que amanheceu, reuniu-se a assembleia dos anciãos do povo, tanto os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziram ao Sinédrio, onde lhe disseram:  

— Se você é o Cristo, diga-nos. 

Então Jesus lhes respondeu:

— Se disser, vocês não vão acreditar. E, se eu perguntar, vocês não me darão resposta.  Desde agora, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo-Poderoso.  

Todos perguntaram: 

— Então você é o Filho de Deus? 

Jesus respondeu: 

— Vocês dizem que eu sou. 

Eles disseram: 

— Que necessidade ainda temos de testemunho? Porque nós mesmos ouvimos o que ele falou. 

Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem;  e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.  Então Judas, que o traiu, vendo que Jesus havia sido condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:  

— Pequei, traindo sangue inocente. 

Eles, porém, responderam: 

— Que nos importa? Isso é com você.  

Então Judas, atirando as moedas de prata para dentro do templo, retirou-se e se enforcou.  E os principais sacerdotes, pegando as moedas, disseram: 

— Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.  

E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros.  Por isso, aquele campo é chamado, até o dia de hoje, Campo de Sangue.  Então se cumpriu o que foi dito por meio do profeta Jeremias: “Pegaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram,  e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.” 

Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o Pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no Pretório para não se contaminar, pois somente assim poderiam comer a Páscoa. Então Pilatos saiu para falar com eles e perguntou: 

Fig 2

— Que acusação vocês trazem contra este homem?  

Eles responderam: 

— Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue ao senhor.  

Então Pilatos disse: 

— Levem-no daqui e julguem-no segundo a lei de vocês. 

Ao que os judeus responderam: 

— Não nos é lícito matar ninguém.  

Isso aconteceu para que se cumprisse a palavra de Jesus, significando com que tipo de morte estava para morrer.  Pilatos entrou novamente no Pretório, chamou Jesus e lhe perguntou: 

— Você é o rei dos judeus?

Jesus respondeu: 

— Esta pergunta vem do senhor mesmo ou foram outros que lhe falaram a meu respeito?  

Pilatos respondeu: 

— Por acaso sou judeu? A sua própria gente e os principais sacerdotes é que o entregaram a mim. Que foi que você fez?  

Jesus respondeu: 

— O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas agora o meu Reino não é daqui.  

Pilatos perguntou: 

— Então você é rei? 

Jesus respondeu: 

— O senhor está dizendo que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.  

Pilatos perguntou: 

— O que é a verdade? 

E ali começaram a acusá-lo, dizendo: 

— Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, impedindo que se pague imposto a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei. 

Então Pilatos tornou a perguntar: 

— Você não vai responder nada? Veja quantas acusações fazem contra você! 

Jesus, porém, não disse mais nada, a ponto de Pilatos muito se admirar. 

Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: 

— Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia. Começou na Galileia e agora chegou aqui.  

Quando Pilatos ouviu isso, perguntou se o homem era galileu.  Ao saber que Jesus era da região governada por Herodes, e estando este em Jerusalém naqueles dias, Pilatos enviou Jesus a Herodes.

Fig 3

Quando Herodes viu Jesus, ficou muito contente, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a respeito dele. Esperava também vê-lo fazer algum sinal.  E de muitas maneiras o interrogava, mas Jesus não lhe respondia nada.  Os principais sacerdotes e os escribas ali presentes o acusavam com veemência.  Mas Herodes, juntamente com os seus soldados, tratou Jesus com desprezo. E, para zombar de Jesus, mandou que o vestissem com um manto luxuoso, e o devolveu a Pilatos.  Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois antes eram inimigos. 

Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, aquele que eles pedissem.  Havia um, chamado Barrabás, preso com rebeldes, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio.  Vindo a multidão, começou a pedir que Pilatos lhes fizesse como de costume. Pilatos, então, reuniu os principais sacerdotes, as autoridades e o povo  e lhes disse: 

— Vocês me apresentaram este homem como sendo um agitador do povo. Mas, tendo-o interrogado na presença de vocês, nada verifiquei contra ele dos crimes de que vocês o acusam.  Nem mesmo Herodes, pois o mandou de volta para cá. Assim, é claro que ele não fez nada que mereça a pena de morte. 

Estando, pois, o povo reunido, Pilatos lhes perguntou: 

— Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?  

Porque sabia que era por inveja que eles tinham entregado Jesus.  E, estando Pilatos sentado no tribunal, a mulher dele mandou dizer-lhe: 

— Não se envolva com esse justo, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele.  

Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus à morte.  De novo, o governador perguntou: 

— Qual dos dois vocês querem que eu solte? 

Eles responderam: 

— Barrabás! 

Por isso, Pilatos tomou Jesus e mandou açoitá-lo.  Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça de Jesus. Também o vestiram com um manto de púrpura.  Chegavam-se a ele e diziam: 

— Salve, rei dos judeus! 

E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu outra vez e disse aos judeus: 

— Eis que eu o apresento a vocês, para que saibam que não encontro nele crime algum. 

Então Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. E Pilatos lhes disse: 

— Eis o homem! 

Quando viram Jesus, os principais sacerdotes e os seus guardas gritaram: 

— Crucifique! Crucifique! 

Pilatos repetiu: 

— Levem-no daqui vocês mesmos e o crucifiquem, porque eu não encontro nele crime algum.  

Os judeus responderam: 

— Temos uma lei e, segundo essa lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.  

Pilatos, ouvindo tal declaração, ficou ainda mais atemorizado  e, entrando outra vez no Pretório, perguntou a Jesus: 

— De onde você é? 

Mas Jesus não lhe deu resposta.  Então Pilatos o advertiu: 

— Você não me responde? Não sabe que tenho autoridade tanto para soltar você como para crucificá-lo?  Jesus respondeu: 

— O senhor não teria nenhuma autoridade sobre mim se de cima não lhe fosse dada. Por isso, quem me entregou ao senhor tem maior pecado. 

A partir desse momento, Pilatos queria soltá-lo, mas os judeus gritavam: 

— Se você soltar este homem, não é amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César! 

Quando Pilatos ouviu essas palavras, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico Gabatá.  E era a preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. E Pilatos disse aos judeus: 

— Eis aqui o rei de vocês.  

Eles, porém, clamavam: 

— Fora! Fora! Crucifique-o! 

Então Pilatos perguntou: 

— Devo crucificar o rei de vocês? 

Os principais sacerdotes responderam: 

— Não temos rei, senão César! 

Vendo Pilatos que nada conseguia e que, ao contrário, o tumulto aumentava, mandou trazer água e lavou as mãos diante do povo, dizendo: 

— Estou inocente do sangue deste homem; fique o caso com vocês!  

E o povo todo respondeu: 

— Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos! 

Fig 4

Então Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Soltou aquele que estava encarcerado por causa da revolta e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles. 

Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram em torno dele toda a tropa.  Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com um manto escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele, e colocaram um caniço na sua mão direita. E, ajoelhando-se diante dele, zombavam, dizendo: 

— Salve, rei dos judeus!  

E, cuspindo nele, pegaram o caniço e batiam na cabeça dele.  Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias roupas. Então o levaram para ser crucificado. 


E, enquanto o conduziam, eles agarraram um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus.  Uma grande multidão de povo o seguia, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam.  Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: 

— Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem antes por vocês mesmas e por seus filhos!  Porque virão dias em que se dirá: “Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram, nem amamentaram.”  Nesses dias, dirão aos montes: “Caiam em cima de nós!” E às colinas: “Cubram-nos!”  Porque, se isto é feito com a madeira verde, o que será da madeira seca?  

E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com Jesus. 

E, chegando a um lugar chamado Gólgota, que significa “Lugar da Caveira”,  deram-lhe vinho com fel para Jesus beber; mas ele, provando-o, não quis beber. 


Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à sua direita, outro à sua esquerda.  Mas Jesus dizia: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, para repartir as roupas dele, lançaram sortes. 


Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, pegaram as roupas dele e dividiram em quatro partes, uma parte para cada soldado; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo.  Por isso, os soldados disseram uns aos outros:

— Não a rasguemos, mas vamos tirar a sorte para ver quem ficará com ela. 

Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: ​“Repartiram entre si as minhas roupas e sobre a minha túnica lançaram sortes.” ​E foi isso que os soldados fizeram. 


Pilatos escreveu também um título e o colocou no alto da cruz. E o que estava escrito era: “JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS”.  Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus havia sido crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego. Os principais sacerdotes disseram a Pilatos: 

— Não escreva: “Rei dos judeus”, e sim: “Ele disse: Sou o rei dos judeus.” 

Pilatos respondeu: 

— O que escrevi escrevi. 


Os que iam passando blasfemavam contra ele, balançando a cabeça e dizendo:   

— Ei, você que destrói o santuário e em três dias o reedifica! Salve a si mesmo, se você é o Filho de Deus, e desça da cruz!  

De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas e anciãos, zombando, diziam:  

— Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar. É rei de Israel! Que ele desça da cruz, e então creremos nele.  Confiou em Deus; pois que Deus venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque ele disse: “Sou Filho de Deus.” 


Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Jesus, dizendo: 

— Você não é o Cristo? Salve a si mesmo e a nós também.  

Porém o outro malfeitor o repreendeu, dizendo: 

— Você nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença?  A nossa punição é justa, porque estamos recebendo o castigo que os nossos atos merecem; mas este não fez mal nenhum.  

E acrescentou: 

— Jesus, lembre-se de mim quando você vier no seu Reino.  

Jesus lhe respondeu: 

— Em verdade lhe digo que hoje você estará comigo no paraíso.

E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, a irmã dela, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.  Vendo Jesus a sua mãe e junto dela o discípulo amado, disse: 

— Mulher, eis aí o seu filho. 

Depois, disse ao discípulo: 

— Eis aí a sua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa. 


A partir do meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde.  Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo: 

— Eli, Eli, lemá sabactani? 

Isso quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”  Alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam: 

— Ele chama por Elias. 

Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: 

— Tenho sede!  Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, aproximaram a esponja da boca de Jesus.  Quando Jesus tomou o vinagre, disse: 

— Está consumado! Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 

Fig 6

Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram;  os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram;  e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.  O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: 

— Verdadeiramente este era o Filho de Deus. 

Então, para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado, visto que era o dia da preparação e era grande o dia daquele sábado, os judeus pediram a Pilatos que fossem quebradas as pernas dos crucificados e fossem tirados das cruzes.  Os soldados quebraram as pernas dos homens que tinham sido crucificados com Jesus, primeiro de um, depois do outro.  Quando, porém, chegaram a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.  Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.  Aquele que viu isso dá testemunho, e o testemunho dele é verdadeiro. E ele sabe que diz a verdade, para que também vocês creiam.  E isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura: “Nenhum dos seus ossos será quebrado.”  E outra vez diz a Escritura: “Olharão para aquele a quem traspassaram.”  

Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus — ainda que em segredo, porque tinha medo dos judeus —, pediu a Pilatos permissão para tirar o corpo de Jesus. E Pilatos deu permissão. Então José de Arimateia foi e retirou o corpo de Jesus.  E Nicodemos, aquele que anteriormente tinha ido falar com Jesus à noite, também foi, levando cerca de trinta e cinco quilos de um composto de mirra e aloés.  Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os óleos aromáticos, como é costume entre os judeus na preparação para o sepultamento. E o depositou no seu túmulo novo, que ele tinha mandado abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do túmulo, foi embora. Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto. 

Então se retiraram para preparar óleos aromáticos e perfumes. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento. 
Fig 7



Lucas 22.66-71; Mateus 27.1-10; João 18.28-38; Lucas 23.2; Marcos 15.4-5; Lucas 23.5-12; Marcos 15.6-8; Lucas 23.13-15; Mateus 27.17-21; João 19.1-15; Mateus 27.24-25; Lucas 23.24-25; Mateus 27.27-31; Lucas 23.26-32; Mateus 27.33-34; Lucas 23.33-34a João 19.23-24; João 19.19-22; Mateus 27.39-43; Lucas 23.39-43; João 19.25-27; Mateus 27.45-47; João 19.28-30a; Lucas 23.46b; Mateus 27.51-54; João 19.31-40; Mateus 27.60; Marcos 15.47; Lucas 23.56

Nova Almeida Atualizada© Copyright © 2017 Sociedade Bíblica do Brasil. www.sbb.org.br
Fig 1 - https://jw.org
Fig 2 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_de_Pilatos#/media/Ficheiro:Mihaly_Munkacsy_-_Le_Christ_devant_Pilate_-_1881.png
Fig 3 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus_na_corte_de_Herodes#/media/Ficheiro:Duccio_di_Buoninsegna_027a.jpg
Fig 5 - https://www.imagensbiblicasgratis.org - Good News Productions International y College Press Publishing.
Fig 6 - https://defendendoafe.com.br/
Fig 7 - https://paroquiadasaude.com.br/jose-de-arimateia-e-nicodemos/

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