Subscribe Us

Deus e o Diabo: qual a melhor escolha?

I – Deus
A - Deus existe?

Certa vez, em uma conversa com com um ateu, eu disse: “Eu não quero provar para você que Deus existe. Mas façamos um trato. Se você provar para mim que ele não existe, eu deixarei de crer em Deus”.

Deus nunca se preocupou em provar sua existência, mas a natureza e o universo pura e simplesmente prova-nos sua existência. Grudem afirma que Deus existe por duas razões: (a) todas as pessoas têm uma intuição íntima de Deus; (b) as escrituras e a natureza provam a existência de Deus.[1]


Don Richardson, em seu livro “O fator Melquisedeque” nos fala extensamente sobre como Deus se revelou através dos costumes e culturas de muitos povos. Eis um trecho deste livro: “Uma vez por ano, os artesãos de uma tribo da Indonésia constroem um barco de madeira em miniatura e o levam à beira do rio. O chefe religioso da tribo amarra uma galinha num lado do barquinho e coloca uma lanterna acesa no outro lado. Logo em seguida, cada membro da tribo passa perto do barquinho e coloca um objeto invisível entre a galinha e a lanterna. Quando se pergunta às pessoas o que deixaram no barquinho, elas respondem: “meu pecado”. Depois, o chefe deixa o barquinho ser levado pela correnteza do rio, enquanto os expectadores gritam: ‘Estamos salvos!’”[2] Don Richardson a vê nesta história e em tantas outras de seu livro como exemplo de uma ponte para o conhecimento do Evangelho e que mostram a semente do Evangelho deixada por Deus em cada cultura do mundo. Ele chama este tipo de Revelação Geral de Deus “O Fator Melquisedeque”.

As Escrituras não tentam “provar” a existência de Deus. Ela pressupõe a sua existência e Paulo nos diz que as pessoas obscurecidas em seus entendimentos é que recusam-se a perceber a existência de Deus, revelada através de “seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade” e que “são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1.20). O testemunho das Escrituras nos basta, mas como a mente humana sempre tende a exigir algo mais além da Bíblia, filósofos cristãos e não cristão arquitetaram muitos argumentos a favor da existência de Deus. Eis alguns:[3]
Argumento
Proponente
Conteúdo
Do Motor ou Do Movimento
Tomás de Aquino
O Universo se move e uma nada pode mover-se a si mesmo sem uma força maior que provoque este movimento. Esta força maior é Deus
Cosmológico
Tomás de Aquino
Causa e efeito. O Universo é uma causa. O causador maior desta causa é Deus
Da possibilidade da Necessidade
Tomás de Aquino
Todo o universo está ligado em uma rede de dependência. Entretanto há uma ser absolutamente independente porque uma regressão infinita de dependência é contraditória. Este ser é Deus
Da Perfeição
Tomas de Aquino
O universo é formado por uma pirâmide de perfeição. Portanto deve existir um ser totalmente perfeito. Este ser é Deus
Teleológico
Tomás de Aquino
A palavra grega Telos quer dizer fim. Existe claramente observável um propósito, uma finalidade no universo. Logo pressupõe-se a existência de Deus como o seu planejador.
Antropológico
O ser humano é um ser moral e inteligente com instinto religioso. Logo deve haver um Ser moral e inteligente que o tenha criado. Este ser é Deus
Ontológico
Anselmo de Cantuária
Premissa maior: O ser humano tem a idéia de um ser infinito e perfeito. Premissa menor: A existência é uma parte necessária da perfeição. Conclusão: existe um ser infinito e perfeito.
B - Quem é Deus?
“Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que, em seu santo amor, cria, sustenta e dirige tudo”[4] . Gosto desta sentença de Langston, pois ela resume a definição de Deus, até onde a capacidade humana pode defini-lo, pois sendo infinito, não há definição humana, portanto finita, que contemple e satisfaça nosso desejo de resumir tudo o que Deus é – Sl 139.6. Langston usa o termo Espírito Pessoal para se referir a Deus, pois entende que Deus é espírito e possui personalidade.

1) Personalidade O que é uma pessoa? Uma árvore é uma pessoa? Um cachorro é uma pessoa? Deus é uma pessoa? E os homens, são pessoas? Os anjos? Qual a diferença entre uma pessoa e uma “não-pessoa”?

Todos estes acima são seres. Temos aí ser humano, ser divino, ser animal e ser vegetal. Para que um ser seja considerado pessoa ele tem que reunir ao mesmo tempo três características: sentimento, vontade (volição) e intelecto.[5]

A árvore, todos concordam, pode até possuir sentimento, mas com certeza não possui intelecto nem vontade. O cachorro possui sentimento e vontade, mas não intelecto. Veja, não faça confusão entre instinto e intelecto. Se os animais tivessem intelecto eles seriam capazes de aprender matemática, por exemplo. Quanto aos homens nenhuma dúvida. Você, e todos nós possuímos as três características, mas e Deus? Quanto a personalidade do Pai, ele tem intelecto (Gn1.1), sentimento (Jo 3.16) e vontade (Mt 12.50). O mesmo se pode dizer de Jesus, que viveu na terra como um homem comum, por isso possui os três atributos de pessoas. Da mesma forma o Espírito Santo: Intelecto (I Co 2.10-11, Jo 14.26). Sentimento: (Ef 4.30). Vontade: (I Co 12.11, At 8.29; 13.4). Outra categoria de pessoa é a dos anjos, pois eles também possuem intelecto (I Pe 1.12), sentimento (Lc 2.13) e vontade (Jd 6).

Encontramos três classes de pessoas: pessoa humana; pessoa angelical; pessoa divina. A classe de pessoa humana é formada por cerca de 6 bilhões de seres humanos (esta é a estimativa da população da terra hoje). A classe de pessoa angelical é formada por “miríades de anjos” (Hb 12.22; Ap 5.11). A classe de pessoa divina é formada pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Vimos que corpo físico não é critério para um ser ser classificado como pessoa, por isso Langston usa Espírito Pessoal para definir Deus.

2) Divindade
Agora poderemos esclarecer ainda outro detalhe: a questão da divindade. Seriam três deuses, já que provamos serem três pessoas distintas? As características, ou atributos principais e básicos, para uma pessoa ser considerada divina são: Onisciência (ter todo o conhecimento, do passado, presente e futuro), Onipresença (estar presente em todo lugar ao mesmo tempo) e Onipotência (“habilidade de fazer tudo o que é coerente com o seu caráter” [6])possuir todo o poder e ainda a Eternidade[7] (nunca ter tido princípio nem terá fim).
Vejamos no quadro abaixo as referências bíblicas quanto à divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Pai
Jesus
Espírito Santo
Onisciência
Sl 139.1-4Jo 1.48 ICo 2.10-11
OnipresençaJr 23.24Mt 18.20Sl 139.7
Onipotência
Is 14.27; 2Cr 20.6
Mt 28.18
Gn 1.2
Eternidade
Sl 90.2; Jó 36.26Mq 5.2; Is 9.6; Jo 1.1,14; 8.58
Hb 9.14
O Deus dos cristãos é formado por três pessoas divinas, daí o termo Trindade. Somente estes três são divinos. Ninguém mais é. A despeito de serem três pessoas, não são três deuses, daí termos um outro atributo chamado Unidade: “Deus é um – Dt 6.4;1Co 8.6”[8] . Usamos comumente a palavra Deus quando nos referimos ao Pai e também quando nos referimos às pessoas da Trindade. Então, quando uso o termo Deus neste trabalho estarei me referindo às três pessoas da Santíssima Trindade.

C – Os Atributos de Deus
Ainda citando Langston, atributo “é uma qualidade atribuída a um ser que existe(...) os atributos revelam o ser” [9] (o itálico é do autor). Deus possui vários atributos, que estão classificados em comunicáveis – aqueles que Deus compartilha com o ser humano e incomunicáveis – aqueles que Deus não compartilha com o ser humano.
Grudem afirma com propriedade que as listas de atributos é mais importante para compreendermos a definição do que classificá-la corretamente em comunicáveis ou incomunicáveis. Além disso, ele também diz que alguns atributos ora podem ser entendidos como comunicáveis, ora como incomunicáveis. Por isso, a lista abaixo é apenas um resumo dos que considero mais importantes.
1) Atributos Incomunicáveis
  • Independência – Deus não depende de sua criação, mas criou o homem para prestar-lhe culto.
  • Imutabilidade – Deus não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e será eternamente. Nele não há mudança nem sombra de variação (cf Hb 13.8; Tg 1.17).
  • Onipresença, Onisciência, Onipotência.
  • Eternidade
2) Atributos Comunicáveis – Aqueles que podem ser também encontrados no homem, daí o fato de sermos semelhantes a Deus. Langston diz que atributo é uma qualidade atribuída a um ser que existe. Se Deus existe, ele tem que possuir atributos; se o homem existe, precisa possuir atributos. Ao criar o homem, Deus o criou semelhante a si (Gn 1.27). Deus colocou na sua criação, alguns atributos que a ele pertence.
  • Personalidade – intelecto, sentimento e vontade. Aqui está incluída a capacidade de amar, senso de moralidade.
  • Espiritualidade – Deus possui um corpo espiritual. Apesar de antropomorfizarmos Deus com expressões “braço de Deus” (Ex 15.16), “olhos de Deus” (Sl 11.4) ele não possui um corpo igual ao nosso. Isto serve para que Deus revele seu caráter a nós.
  • Amor
  • Santidade
  • Sabedoria
  • Fidelidade
  • Bondade
  • Misericórdia
  • Justiça
  • Zelo
  • Paciência.
D – Até que ponto se pode conhecer Deus?
De tudo o que já foi dito, o mais importante é que Deus deseja se revelar ao homem. Em Gn 1.1-25 Deus gasta 6 dias criando e preparando o universo para receber o homem. Ele empenhou “esforço” nesta tarefa, tal qual nós, quando vamos receber um convidado ilustre, preparamos o que temos de melhor; limpamos a casa; preparamos a comida mais gostosa; colocamos as melhores roupas e até estendemos um tapete vermelho.
Assim fez Deus, criando o universo de forma esplendorosa e somente no finalzinho de 6 dia, após tudo muito bem feito (“E viu Deus que era bom”) e que ele cria o homem. E a finalidade de tanto empenho na criação do universo era se revelar a nós.
Deus comunicou a nós algumas de suas característica – “façamos o homem a nossa imagem e a nossa semelhança” – para que, olhando para nós mesmo, possamos conhecê-lo.
Apesar de o homem, na sua finitude não poder conhecer a infinitude de Deus, ele deseja que o conheçamos até ao máximo que podemos. Oséias 6.3 “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra”.
II - Satanás
A - Satanás, quem ele é, o que pretende e qual o seu fim?
Satanás é um anjo criado por Deus, que se rebelou contra o seu Criador, promoveu uma conspiração celestes, arrastando consigo uma parte dos anjos que estavam sob sua subordinação, transformando-se em demônios e se opondo a Deus. Foram expulsos da presença de Deus e hoje dominam este mundo, escravizando os homens. Entretanto, serão lançados no inferno por Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas como foi que tudo começou e como chegamos a estas conclusões?
1) Anjos
Os anjos foram criados – Cl 1.16 – num tempo muito distante; muito antes da criação do universo em que vivemos – Jó 38.6,7 – Eles foram criados em estado de santidade – Jd 6, mas como possuidores de personalidade alguns escolheram deixar este estado, como veremos adiante. Os que guardaram sua santidade são chamados de santos Mc 8.38. Os que não guardaram o estado de santidade, as se rebelaram e aliaram-se a Satanás são chamados de malignos, imundos ou ímpios – Lc 8.2; 11.24-26.
1.1) A personalidade dos Anjos
Já foi dito que os anjos também são possuidores de personalidade. Vamos rever as referências bíblicas sobre a personalidade dos anjos.
  • Intelecto – 1 Pe 1.12
  • Sentimento – Lc 2.13; Jó 38.7
  • Vontade – Jd 6; Is 14.12-15
Os anjos, assim como os homens e Deus são os únicos seres a possuírem a personalidade, ou seja, são considerados pessoas. Apesar da personalidade dos anjos, não há afirmativa bíblica que se pressuponha serem eles criados a imagem e semelhança de Deus. Eles são seres imortais – Lc 20.36, têm uma inteligência e conhecimento acima do que os seres humanos têm hoje, porém os têm limitadamente – Mt 24.36. Eles são mais rápidos e mais fortes – 2 Pe 2.11.
Os anjos têm corpos espirituais, mas nas aparições bíblicas sempre aparecem na forma masculina quando humanizados – Gn 18.1-8. Outras vezes aparecem com formas sobrenaturais, como por exemplo, em Dn 10.5-6; Mt 28.23; Ap 4.6-8; Ez 1; Is 6.1-7, etc.
1.2) Classificação
Os anjos são classificados pela Bíblia da seguinte maneira:
a) Arcanjo – do grego arché - chefe. A Bíblia menciona apenas Miguel em Judas 6
b) Querubins – Estão relacionados à santidade e transporte. Sl 18.11; 80.1; 99.1; 104.3; Is 19.1; 1 Rs 7.29-36; Ez 1.10
c) Serafins – Ligados a adoração a Deus. Is 6.1-3
d) Eleitos – Em 1 Tm 5.21 “dá a entender que selecionou um grupo especial dentre os anjos benevolentes para servir de testemunho do vindouro juízo”[10] .
A Bíblia dá a entender quer existe uma espécie de hierarquia angelical, mencionando Principados, Potestades, dominadores – Ef 6.12, domínios – Ef 1.21 e soberanias – Cl 1.16. Especular sobre o que cada um destes grupos faz ou representam pode ser muito imaturo.
2) Satanás. Quem é e como caiu?
Jesus Cristo reconheceu a existência de Satanás, coisa que até mesmo muitos cristãos não o fazem – Mt 13.39. Satanás do hebraico, Satan e do grego Satanás quer dizer adversário, opositor – 1 Cr 21.1; Jó 1.6; Jo 13.27; At 5.3; 26.18; Rm 16.20. A Bíblia nos ensina que Satanás é uma pessoa, pois possui:
a) Intelecto – 2 Co 11.3
b) Sentimento – Ap 12.17
c) Vontade – 2 Tm 2.26
Existem dois textos bíblicos que, aparentemente, mostram como foi a queda de Satanás e como vivia pouco antes da queda.
Is 14.12-14 – “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra tu que prostravas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo levado serás ao Seol, ao mais profundo do abismo”.
Notamos que este texto fala de como se encheu o coração de Satanás e de como ele desejou ser maior do que Deus.
Ez 28.14-17 – “Estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa: a cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei; diante dos reis te pus, para que te contemplem”.
Este texto é o meu preferido pois consigo ver nele o vídeo tape da criação e queda de Satanás.
Quando Deus o criou, criou também uma “casa”, completamente formada por pedras preciosas. Daí o nome Lúcifer, que significa “aquele que brilha”. Após se encher de orgulho e desejar ser maior do que Deus, nas suas intrigas arrastou consigo uma parte dos anjos de Deus.
2.1) Títulos de Satanás
A Bíblia apresenta muitos títulos pelos quais Satanás é tratado. Eis alguns:
Título
Significado
Referência
Abadom, Apoliom
Destruidor
Ap 9.1
Acusador
Acusar diante de Deus
Ap 12.10
Adversário
Opõe-se aos crentes
1 Pe 5.8
Diabo
Acusador
Mt 4.1
Homicida
Levar a morte eterna
Jo 8.44
Inimigo
De Deus e dos crentes
Mt 13.28
Mentiroso, Pai da mentira
Distorcer a verdade
Jo 8.44
Espírito Imundo
Mt 12.43
Espírito Maligno
1Sm 16.14
Espírito Mentiroso
1Rs 22.22
Espírito que atua nos filhos da desobediência
Ef 2.2
3) Os demônios Assim como Satanás, os demônios são seres angelicais. Desta forma, tudo o que foi dito sobre anjos vale para os demônios, exceto no que diz respeito ao seu caráter. A palavra demônio no original quer dizer espíritos caídos.
3.1) A possessão demoníaca A possessão demoníaca é uma realidade – 1 Sm 16.14-23; Mt 8.28-34. É a habitação de um demônio no corpo de uma pessoa, exercendo sobre ela o controle psicológico e muitas vezes físico. O resultado destas possessões podem ser doenças físicas – Mt 9.32-33 ou psicologias – Mt 17.14-18 (o termo grego traduzido epilético em algumas versões pode ser traduzido por Lunático). Entretanto, não podemos entender que demônios possam “possuir” os crentes. Se algum crente fica possuído por demônios, na verdade esta pessoa nunca aceitou a Cristo como seu Senhor. A Bíblia nos afirma que uma vez que alguém confessa Cristo como seu Senhor, ele e o Pai vêm morar em nós. Nosso corpo passa a ser a habitação do Espírito. (Jo 14:23 “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada”.; I Co 3.16 “3:16 Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós”).
4) O destino de Satanás e dos demônios A Bíblia afirma categoricamente que o fim dos demônios, juntamente com Satanás é no lago de fogo, o inferno. “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos” Mt 24.41.
Do ponto de vista de Deus, não existe meio termo: ou somos filhos de Deus ou somos filhos do Diabo. De igual modo, todos aqueles que não são filhos de Deus, terão o mesmo destino que Satanás e seus demônios, o lago de fogo (Mateus 13:43 “Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniqüidade, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”).
III - Qual a melhor escolha para o homem
Tudo isto posto, sem dúvida alguma a melhor escolha para o homem é escolher o caminho da vida e não da morte. Só Deus é o caminho da vida. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” disse Jesus em João 14.6. Pudemos ver nos atributos de Deus que ele é amor, bondade, verdade, justiça, dentre outros. Ao contrário, a Bíblia afirma que Satanás é mentiroso, rancoroso, injusto, maligno, cheio de ódio, opositor... Em Josué 24.15-17 encontramos a resposta a esta conclusão: “Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Então respondeu o povo, e disse: Longe esteja de nós o abandonarmos ao Senhor para servirmos a outros deuses: porque o Senhor é o nosso Deus; ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e quem fez estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos preservou por todo o caminho em que andamos, e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos”.
Mas esta escolha tem de ter um duplo sentido. Escolher Deus e rejeitar Satanás. Deus precisa ser o único senhor de nossas vidas. Digo isto porque há muitos que querem o melhor de Deus mas não querem abandonar o pecado. Esta escolha deve ser sincera, verdadeira, racional e emocionalmente, ou seja, deve envolver nosso intelecto e nossa emoção.

1- Grudem, W – Teologia Sistemática., ed Vida Nova, pg 97
2- Richardson, Don – O fator Melauisedeque, ed. Vida Nova
3- House, H. Wayne - Teologia Cristã em Quadros, ed. Vida, pg 42
4- Langston, A. B. – Esboço de teologia Sistemática, ed. Juerp, pg 33
5- Finney Charles – Teologia Sistemática de Charles Finney, ed. CPAD, pg 58. Aqui Finney define a Inteligência Moral (Deus) possuindo estes três atributos, chamado-os de intelecto, sensibilidade e livre-arbítrio.
6- Grenz, Stanley J. – Dicionário e Teologia, ed Vida
7- Grudem define Eternidade da seguinte maneira: “Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no seu próprio ser, e percebe todo o tempo com igual realismo; ele, porém, percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo” – Teologia Sistemática, W. Grudem, ed. Vida Nova, pg 117
8- House, H. Wayne - Teologia Cristã em Quadros, ed. Vida, pg 49.
9- Langston, A. B. – Esboço de teologia Sistemática, ed. Juerp, pg 49
10- Oropeza, B. J., 99 perguntas sobre anjos, demônios e batalha espiritual, ed M. Cristão

Postar um comentário

0 Comentários