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Doutrina de Deus



A Doutrina de Deus-Pai

A – Introdução
Quem é Deus? “Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que, em seu santo amor cria, sustenta e dirige tudo”[1].  "Deus é Espírito e importa que seus adoradores o adorem e espírito e em verdade" – Jo 4.24. 

Existe uma certa dificuldade quando falamos de Deus pelos fato da existência de três pessoas às quais a Bíblia chama de Deus e ao mesmo tempo revela que há um só Deus.

O que temos então: um só Deus em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Assim, é correto dizer: O pai é Deus, o Filho é Deus e o Espirito é Deus.

A existência de Deus 

Deus existe! A Bíblia não tenta provar a existência de Deus. Ela pressupõe que ele existe. Porém, os céticos dizem que Deus é uma invenção dos homens e que tudo surgiu do nada. É preciso muita fé para crer que do nada veio a existir tudo. Toda criatura pressupõe a existência de um criador.

Imagine um lindo bolo na mesa de sua casa! Se alguém dissesse que na casa do vizinho explodiu o bojão de gás e pegou fogo. Como todos os ingredientes estavam ali, a explosão produziu bolo, do nada. Os bombeiros apagaram o fogo colocaram o bolo na sua casa por não ter onde deixá-lo. Guardadas as devidas proporções, é isto que a teoria do evolucionismo quer nos fazer acreditar. 


B – Argumentações quanto a existência de Deus
  • Cosmológico – O Universo existe, logo pressupõe-se a existência de um criador deste universo. Este criador é Deus
  • Do Movimento – O Universo está em constante movimento, porém nada se move a si próprio. Portanto faz-se necessário a existência de uma “força” que mova o universo e esta força é Deus
  • Da possibilidade e da necessidade – No universo todas as coisas estão intrinsecamente ligadas por relações de dependência uma das outras. Porém uma rede com ligações infinitas é impossível. Logo há um ser que controla estas ligações. Este ser é Deus
  • Teleológico – A palavra grega Telos quer dizer fim. Existe claramente observável um propósito, uma finalidade no universo. Logo pressupõe-se a existência de Deus como o seu planejador.
  • Antropológico – O ser humano é um ser moral e inteligente com instinto religioso. Logo deve haver um Ser moral e inteligente que o tenha criado. Este ser é Deus
  • Ontológico – “Premissa maior: O ser humano tem a ideia de um ser infinito e perfeito. Premissa menor: A existência é uma parte necessária da perfeição. Conclusão: existe um ser infinito e perfeito” – Teologia em quadro, H. Wayne House, ed. Vida. Este ser é Deus.
Existem outros argumentos, mas vamos ficar por aqui.

C – Os Atributos de Deus
Aquilo que é próprio ou peculiar a alguém ou alguma coisa. Com relação a Deus, divide-se os atributos em:
Atributos Incomunicáveis – ou imanentes – São aqueles que só Deus possui:
  • Simplicidade – Deus é não composto, indivisível
  • Eternidade – Não tem princípio nem fim
  • Onisciência – Conhecimento do passado, presente e futuro acerca de tudo e todos
  • Onipotência – Poder absoluto
  • Onipresença – presente em todo lugar ao mesmo tempo
  • Soberania – Governo supremo. Acima de tudo e de todos
  • Unidade – Deus é um
  • Imutabilidade – Deus não muda em sua natureza e caráter
Atributos Comunicáveis – são aqueles que percebemos existir também no ser humano, em escala menor.
  • Bondade
  • Amor
  • Justiça
  • Verdade
  • Liberdade
  • Santidade
  • Retidão
D – A pessoa do Pai 

O que podemos dizer sobre a pessoa do Pai, em muitos aspectos, vale para Jesus e o Espírito. No entanto, em especial no AT, vemos algumas características que podem ser aplicadas somente ao Pai

Os nomes de Deus

Na verdade, não sabemos dizer se Deus tem “um nome”, mas nós o conhecemos pelos nomes que Ele se permitiu chamar, ou muitas vezes, pelos nomes que foram dados a Ele pelos autores bíblico.

O nome Jeová e uma forma portuguesa da tradução de Ex 3.14-15. O hebraico antigo não possuía vogal e ali aparece o que se chama de tetragrama YHWH. Juntando-se as vogais de Adonai, forma-se YAHWEH. A tradução, conforme nos mostra o texto é EU SOU O QUE SOU. Porém, nas nossas Bíblias Almeida ele é traduzido por Senhor, com “s” maiúsculo. Na Bíblia na linguagem de hoje como O Eterno. Na Bíblia de Jerusalém como Iahveh.

A pronuncia correta deste tetragrama perdeu-se no tempo, devido aos judeus evitarem pronunciá-lo pelo seu zelo excessivo.

Com certeza você já ouviu estes nomes em alguma canção por ai, mas listamos aqui os principais:
  • Jeová Jireh, O Senhor Proverá – Gn 22.8-14
  • Jeová Nissi, O Senhor é nossa bandeira – Ex 17,15
  • Jeová Shalom, O Senhor nossa paz – Jz 6.24
  • Jeová Sabaoth, O Senhor dos Exércitos – 1 Sm 1,3
  • Jeová Mecadeshém, O Senhor que santifica – Ex 31,13
  • Jeová Raah, O Senhor é meu pastor – Sm 23.1
  • Jeová Tsidkenu, O Senhor justiça nossa – Jr 23.6
  • Jeová El Gemonah, O Senhor que retribui – Jr 51.56
  • Jehová Nakeh, O Senhor que fere – Ez 7.9
  • Jehová Shamá, O Senhor está presente – Ez 48,35
  • Jehová Rafa, O Senhor que cura – Ex 15,26
  • Jehová Eloim, O Senhor, O poderoso – Jz 5,3
  • Adonai – Senhor – Ex 4.10
  • Elohim – O Poderoso. Plural de El – Gn 1.1
  • El Elion – Altísimo – Nm 24,16
  • El Roi – O poderoso vê – Gn 16.13
  • El Sadday – O Todo Poderoso vários salmos
E – Revelação de Deus
Existem dois modos pelos quais Deus se revela.
a) Revelação Natural – É a revelação que Deus dá de sim mesmo a todos os homens. É a revelação de sua grandeza e glória, manifestada através de sua criação, como nos mostra Romanos 1. Está revelação é suficiente para a condenação e pode ser defendida pelos argumentos Cosmológico, Teleológico e Antropológico.
b) Revelação Especial – Também destinada a todos porém dada a poucos. Esta revelação manifesta a Graça de Deus e é suficiente para a Salvação. Foi manifestada pelos seus servos e agora pela Igreja.

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