Ultimamente temos visto uma avalanche de pregadores associando que a prosperidade material e profissional é resultado direto de uma vida biblicamente reta com Deus.
De fato, toda boa dádiva vem de Deus (Tg 1.17) mas a prosperidade como definida acima não é condição sine qua non para definir o quão fiel é um crente. Senão, vejamos:
Paulo – o maior homem (excetuando Jesus, e claro) da bíblia passou por muitas tribulações em toda a sua vida. Nem de longe poderíamos dizer que ela foi próspera do ponto de vista material e profissional. Foi caluniado, injuriado, espancado, desacreditado, humilhado. Passou fome, frio e foi preso várias vezes. Sofreu a vida toda com uma enfermidade degradante, com 99% de certeza de ser catarata. Por fim, foi martirizado e morreu só. Podemos chamar isto de prosperidade aos olhos humanos?
Jeremias – um dos maiores profetas do Velho Testamento, foi um exemplo clássico de fracassado. Se estudássemos o seu ministério do ponto de vista do doutores em liderança de hoje, Jeremias não serviria nem como exemplo de como não se deve fazer. Ele foi desacreditado e caluniado. Uma vez o jogaram num poço sem água, cheio de lama e lá permaneceu por vários dias. Ninguém se converteu com sua pregação.
Entretanto, foram homens prósperos aos olhos de Deus. Homens dignos de serem imitados e copiados.
O que quero dizer com isto? Que não devemos procurar nosso bem-estar? Claro que não! Mas que devemos ter equilíbrio e bom senso ao interpretarmos a Bíblia e saber que, quer vivamos, que morramos, somos do Senhor. Pertencemos a ele e ele faz de nós, por nós e conosco o que ele quiser. O que ele quiser!
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