
Será que nós podemos fazer algo para contribuir no processo de salvação? Será que o que Cristo fez foi apenas dar o empurrão inicial, cabendo a nós agora a responsabilidade de permanecer salvos?
1- Diferença entre modo e finalidade
O verso 12 de Filipenses 2, desenvolver, praticar a salvação, é ser o que o verso 3 descreve. Não é o mesmo que fazer algo com nossas próprias forças para permanecermos salvos. A Salvação é um presente de Deus que recebemos por misericórdia, não por merecimentos como um salário.
Aqui está a diferença entre modo e finalidade. O modo pelo qual fomos salvos não é a boas obras. O modo pelo qual fomos salvos é a graça. A finalidade sim, são as boas obras. Fomos salvos para praticas as boas obras. Não somos salvos por praticar estas coisas, mas somos salvos para praticar estas obras. Quem não as pratica, está dando provas de que não foi realmente salvo.
É como uma máquina que foi construída para uma determinada tarefa. Uma televisão, por exemplo, foi construída para reproduzir imagem e som. Se ela não reproduz uma ou as duas coisas, não presta.
Resumidamente, o que os versos anteriores (1-11) dizem é que os salvos desenvolvem a salvação ao praticarem:
- Humildade – ter opinião modesta de si mesmo; ser modéstia, humildade, submissão de mente.- Altruísmo – abnegado, inclinação para procurarmos obter o bem para o próximo.
- Generosidade – liberal, magnânimo.
- Obediência – fazer a vontade de Deus ainda que ela seja dolorosa a si mesmo.
Paulo apela para que a obediência seja ainda maior na ausência. Nós somos luz (Mt 5.14) e devemos fazer esta luz brilhar. Os filipenses fariam isto obedecendo aos ensinamentos que ele havia ensinado quando esteve com os eles. Mas exorta-os a serem duplamente mais aplicados em sua ausência.
2- A certeza da capacidade
“Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos” – Esta frase, dentro do contexto do v.15 faz todo sentido. No entanto, devemos fazer a obra de Deus do jeito certo e com a motivação correta.
Obedecer de boa vontade – não basta fazer o que é bom. Não basta frequentar a Igreja, ser bonzinho e contribuir financeiramente. Não vale nada se praticarmos com:
a) Murmurações: Resmungos; falar mal de algo ou de alguém. Difamação (fofoca).
b) Contenda: brigas, partidarismos, divisões
Somente quem pratica o cristianismo com humildade, generosidade, caridade, benevolência, se torna um verdadeiro cristão, filho de Deus.
E Deus mesmo garante que podemos realizar, ao nos dar poder (O Espírito Santo - At 1.8) para tal. Humanamente falando temos a tendência de sermos murmuradores, contenciosos, egoístas e carnais. Mas aqueles que são de fato nascidos de novo recebem o Espírito Santos.
Infelizmente, no meio da Igreja, muitos não nascidos de novo estarão conosco. Mas no dia do Juízo final Cristo trará a luz todas as coisas e ai é que veremos a diferença entre aqueles que de fato são crentes e aqueles que não são.
Paulo sabia disto e nos versos 16 a 18 ele clama para que os filipenses perseverassem na prática da Palavra, pois quem não faz assim, corre o risco de se perder. E se assim fosse, ele, Paulo, teria trabalhado em vão.
Conclusão
Deus nos salvou para pormos em prática as boas obras que Ele escolheu para realizarmos. Em outras palavras, ele nos salvou pela sua infinita graça a fim de que façamos o que é bom. Mas em nós mesmos, não temos esta capacidade. Por causa do pecado, temos a tendência de praticar o que é mal, mas em sua imensa e infinita bondade, ele não apenas nos pede que façamos mas nos capacita a fazer o que Ele quer.
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