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Deus salva os piores pecadores

Introdução
A conversão de Paulo nos ensina que nossas melhores intenções podem ser as que mais nos afastam de Deus. Ensina que a salvação sempre foi e será, iniciativa divina. Mesmos os piores pecadores podem ser salvos mediante a graça e misericórdia divinas.


Os fatos

O relato de Atos (leia aqui) para a conversão de Paulo é algo conhecido por todo cristão. O ainda identificado com o nome judaico, Saulo (Saul) recebe autorização do Sumo Sacerdote Caifás para prender e trazer para julgamento em Jerusalém, discípulos do Caminho, ou seja, Cristãos. Ele foi para Damasco. Na estrada, perto da cidade, por volta do meio dia vê uma luz mais forte que o sol. Dela, Jesus confronta o perseguidor. Este fica cego e experimenta o novo nascimento de forma instantânea. Seus companheiros ouvem a voz de Jesus, mas não entendem o que é dito nem contemplam a luz, apenas Paulo.

Paulo é levado para uma casa e fica três dias cego. Tem uma visão de que um tal Ananias viria em seu socorro. Ao mesmo tempo, Ananias, um cristão fiel, também tem uma visão do Senhor, que o manda falar com Paulo. Amedrontado, Ananias obedece. Ora pelo novo convertido, que recobra a visão e o acolhe. Paulo imediatamente deixa de perseguir os crentes e passa a anunciar que de fato o Filho de Deus é Jesus Cristo.

Como Gl 1.17,18 diz que Paulo ficou três anos na Arábia, parece-me que este tempo ocorre entre o verso 21 e o 22 de Atos 9. Quando o apóstolo volta da Arábia para Damasco, eloquentemente prega o evangelho, fazendo seus primeiros discípulos. Isto irrita a liderança judaica de Damasco que faz planos de o matar. Seus discípulos providenciam sua fuga.

Ele vai para Jerusalém. Ao que parece, a liderança judaica de Jerusalém não tinha muitas informações a respeito de Paulo. Ele ainda era visto como perseguidor da Igreja. Se todos tinham esta opinião e desconheciam os fatos, a exceção era Barnabé, que o protege e leva a Pedro e Tiago. Por cerca de 15 dias Paulo acompanha os discípulos, pregando também aos gregos. Todavia, ele sofre novas ameaças de morte, por isto é enviado para sua cidade natal, Tarso.

Mitos sobre Paulo
1-      Ele não caiu do cavalo. Ou melhor, não se pode afirmar isto com certeza. O texto Bíblico não traz esta informação. Deduz-se pela frase “caiu por terra”. Contudo, a frase pode simplesmente estar descrevendo que Paulo se deita de bruços, o que não era incomum, com a finalidade de demonstrar humildade e reverência.
2-      Deus mudou o nome – Provalentemente os pais de Paulo o “registraram” com o nome de Saul, que significa “desejado”. Os gregos pronunciavam Saulos, os romanos, Paullus. Digno de nota que o nome Paulo aparece pela primeira vez em At 13.7, referindo-se ao procônsul Sergio Paulo, que é convertido pelo ministério de Paulo e Barnabé. Atos 13.9 diz: “Mas Saulo, também chamado Paulo...”. Não foi Jesus que mudou o nome para Paulo, mas ele mesmo o adotou. Paulo significa pequeno, baixo.

De conspirador de assassinato a Apóstolo
Apesar de zeloso e fervoroso na religião, Paulo tinha uma vida absolutamente incompatível como cristianismo. Ele perseguia o próprio Cristo. Todavia ele foi salvo. Ele queria chegar a Deus, todavia estava na direção diametralmente oposta. Vale aqui o ditado: de boa intenção, o inferno está cheio.

Paulo precisava nascer de novo. Ele jamais nasceria de novo por seus próprios méritos e esforços, pois como ele testemunha, ele era zeloso, mas só o que sabia fazer era lutar contra Deus.

Aplicações
1-      As melhores intenções humanas são trapo de imundícia para Deus. Ser uma pessoa boa, ética, religiosa, não quer dizer nada diante de Deus. Alguém pode frequentar a igreja, ser um exemplo humano de conduta, contudo pode estar tão longe de Deus quando o céu da terra.
2-      Ninguém pode ir a Deus se este não vier a ele primeiro (Jo 6.44). Por toda a história bíblica da humanidade, Deus sempre tomou a iniciativa de vir ao encontro do homem. Nunca, jamais, o homem buscou a Deus. Adão, o primeiro da lista, escondeu-se, fugiu do Senhor, provando que está é a decisão que sempre tomamos depois da queda.
3-      Deus salva os piores pecadores (1Tm 1.15).
a.       Paulo.
b.       Agostinho de Hipona.
c.       Eu.

Conclusão
Por mais que haja um componente humano para a salvação, que é o arrependimento e a fé, contudo, a salvação é uma obra de Deus. Ele nos escolheu deste a fundação do mundo. Ele nos elegeu em Cristo. Ele nos amou primeiro, quando estávamos em nossos delitos e pecados.

Muitos à nossa volta estão perdidos. Pessoas que amamos, como pais, cônjuges e em especial, os filhos. Não sabemos se eles irão se converter ou não. Mas podemos orar por eles. Deus ouve nossas orações.

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