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A Segunda viagem missionária de Paulo - Parte 2

Atos 17 narra a segunda parte da segunda viagem missionária de Paulo. A ênfase nesta etapa é o ministério nas cidades de Tessalônica, Beréia e Atenas.

Tessalônica
Os três missionários viajam cerca se 100 Km de Filipos, onde Lucas é deixado para pastorar a igreja. Inicialmente Paulo procura uma sinagoga, onde anuncia o Evangelho a partir das Escrituras, o que seria o nosso Velho Testamento.



“Explicando” e “provando”.
Paulo expõe, ou seja, lê e explica, textos do Velho Testamento e prova, com a evidência inquestionável e inegável de que estes escritos provam que o Cristo é aquele Jesus, que foi morto pelas autoridades judaicas, contudo ressuscitou e que ser convencido desta verdade, exercendo fé e arrependimento, somos salvos.

Conversão e perseguição
Judeus e gentios, homens e mulheres abraçam a fé e se “juntam a Paulo”, o que provoca a inveja dos recalcitrantes. Eles inventam mentiras, distorcem fatos e incitam violência, perseguem inocentes.

Beréia
A equipe é enviada para Beréia, mais ou menos 50 Km distante. A estratégia se repete: primeiro às sinagogas. Ali são mais bem recebidos no sentido de que os ouvintes buscam no Velho Testamento as referências ao que Paulo está ensinando. Mais conversões e uma igreja plantada. Entretanto, ouvindo as notícias, os perseguidores de Tessalônica vão até Beréia para tentar impedir o avanço do Evangelho. Desta vez, apenas Paulo é enviado para Atenas. Silas e Timóteo ficam para solidificar o trabalho.

Atenas
Nesta época, a cidade já não desfrutava mais da importância que teve anos antes, mas ainda assim tinha sua fama e abrigava o centro intelectual da filosofia grega, com duas importantes escolas: os estoicos e os epicureus.

Epicurismo - Para os epicureus, o importante era a busca da felicidade e saúde da alma. "Prazer é o que interessa, o resto não tem pressa". Consideravam perda de tempo preocupar-se com a morte pois o que interessa é o aqui e o agora. Eram semiateus. Criam em deuses, mas que estes não tinham nenhuma relação com o mundo.

Estoicismo – consideravam que o único bem é a retidão da vontade. Os vícios são o único mal. O que não é virtuoso nem vicio, é indiferente. Assim, os males da vida como sofrimento, dor e a morte não tem nenhuma significância. Quem alcança esta sabedoria é feliz mesmo em meio ao sofrimento. Desta forma, não há diferença entre estar vivo ou morto. O grande objetivo de vida era alcançar a ataraxia ou apatia.

Paulo dialogava na sinagoga com os judeus e os tementes a Deus e na praça com estes filósofos. Como não entenderam exatamente a mensagem do apóstolo, ele é convidado a falar num local mais apropriado: o areópago.

O Deus desconhecido
De acordo com o historiador grego Diógenes Laércio (c.300 d.C.), este altar teria sido erigido em honra ao Deus desconhecido. Atenas estaria debaixo da maldição de um deus que eles não sabiam quem era. Como possuíssem dezenas de milhares, já tinham feito todo esforço neste mister. Todavia como não lograram êxito, restava agora convocar um tal Epimênedis, de Creta. Este adorava um único Deus.

Epimênides instrui para que soltassem ovelhas. Estas param em um lugar onde não havia nenhum altar. Neste local, um altar foi construído e as ovelhas sacrificas ao Deus desconhecido. Como resultado, Atenas se vê livre de sua maldição. A partir dai passam a sacrificar ao Deus desconhecido. Na verdade, o que é desconhecido é o nome deste Deus.

Paulo então usa esta oportunidade para anunciar o Evangelho, mostrando que o Deus dos deuses é o Senhor Jesus Cristo. E o relato encerra-se confirmando a plantação de mais uma igreja.

Aplicações
1- Estratégias evangelísticas. Aprendemos com Paulo e sua equipe que se por um lado Deus é soberano e direciona seus servos segundo o seu propósito, na ausência de instrução direta, é correto traçar estratégia para a pregação do Evangelho e formação de equipes missionárias.
2- Cristo e as Escrituras. Uma igreja genuína só é edificada sob duas premissas: Cristo e as Escrituras. Cristianismo sem Cristo é mera filosofia humana e ateia. Pode ter virtude, mas não tem vida. Cristianismo sem a Escritura é apenas uma sociedade religiosa onde as verdades são relativas e cada um tem a sua própria.
3- Plantação de igreja, conversões e avivamento conviverão para sempre com perseguição, difamação, tribulação. Somente quando Cristo voltar é que elas sessarão. Estejamos preparados.


Ouça a mensagem: https://youtu.be/34uTvyEqPeA

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