Atos 21.1-17 continua relatando a viagem de Paulo com destino a Jerusalém. O trajeto da viagem incluía uma parada mais demorada em duas cidades: Tiro e Cesareia.
A primeira parada é em Tiro, onde a equipe de cerca de 9 pessoas fica por uma semana. Aqui é dito que o Espírito revelou que muitos sofrimentos aguardavam Paulo. A segunda parada é em Cesareia, onde um profeta dramatiza uma palavra profética indicando mais uma vez no destino difícil do apóstolo.
O que este trecho da Escritura Sagrada nos ensina?
1- O cristão genuíno participará dos sofrimentos de Cristo
O termo cristão quer dizer pequeno Cristo. Interessante notar que o nome Paulo significa pequeno. Em todos os sentidos, Paulo foi uma miniatura de Cristo, após sua conversão. Quando Paulo ensina aos Coríntios: sede meus imitadores como eu sou de Cristo (1Co 11.1), ele realmente tinha autoridade para tal.
Notamos por duas vezes que o Espírito diz que ele sofreria. Todos os discípulos tentaram dissuadir Paulo de ir a Jerusalém. O verso 4 poderia até ser entendido como uma desobediência por parte do apóstolo. Todavia, o que eles não entenderam é que Paulo estava sendo advertido por Deus de que seu destino era este. E mesmo advertido assim, o apóstolo não se desviou ou retrocedeu. Paulo chegou num nível tal de conhecimento da verdade como nenhum outro dos de sua geração. Quiçá, até hoje ele é insuperável.
a) As ilusões deste mundo.
Platão no conta uma alegoria chamada de "da caverna" onde ele mostra que este mundo em que vivemos é pura ilusão. O mundo do perfeito, das coisas perfeitas, é outro. Tudo o que nossos sentidos conhecem são como sombras projetadas numa parede. Na filosofia socrático-platônica, a verdade não pode ser experimentada com as coisas deste mundo.
Nós, normalmente, estamos iludidos com as coisas deste mundo. É natural buscar a felicidade. Nosso erro é que a buscamos nas coisas deste mundo ilusório. A verdadeira felicidade está no mundo perfeito. A filosofia chega muito perto da verdade bíblica. Hebreus nos fala de uma cidade, não deste mundo, mas celestial (Hb 12.22), como sendo nossa verdadeira pátria.
É por isso que os sofrimentos deste tempo presente não são para se comparar com a glória que está por ser revelada. As dores que o crente sofre, de certo modo podem ser elas mesmas consideradas uma ilusão. Se vivêssemos mais o céu, de onde nós somos verdadeiros cidadãos, (2Co 5.20; Cl 1.13), não daríamos tanta importância às coisas deste mundo.
Ao buscar a felicidade e realização nas coisas do mundo, buscamos as sombras, a vaidade. Além de não sermos realmente preenchidos em nosso vazio, criamos uma dependência cada vez maior, assim como os viciados em drogas precisam de doses casa vez mais forte para sentirem o mesmo momentâneo prazer. Por outro lado, ao buscarmos as "coisas que são do alto", somos realmente preenchidos em nossas necessidades.
O problema é que as coisas que são do alto pertencem a Deus. O que a filosofia não reconhece é que "este mundo está no maligno" (1Jo 5.19) e este maligno é inimigo de Cristo, que por sua vez odeia os seguidores de Jesus. Assim sendo, opondo-se aos crentes, o "mundo" procura trazer-lhes dores para impedir que se libertem das ilusões e alcancem a Verdade.
Conclusão
Se somos de fato pequenos Cristo, é absolutamente necessário passar por tribulação e sofrimento neste "tempo presente".
No entanto, são sofrimentos e tribulações diretamente ligados à causa do Senhor. Quando sofremos porque nos apegamos às ilusões deste mundo, somos os únicos responsáveis pelas consequências. Cabe-nos somente clamar pela misericórdia divina. Contudo eles não entrarão na conta de sofrimentos por amor ao Mestre.
De outro modo, padecer por causa e em função do Evangelho, produz para nós um peso de glória impossível de ser medido. E somente o Justo Juiz pode retribuir a cada um segundo a tudo o que produziu.
Imagem: Profeta Ágabo - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ágabo,_o_Profeta
A primeira parada é em Tiro, onde a equipe de cerca de 9 pessoas fica por uma semana. Aqui é dito que o Espírito revelou que muitos sofrimentos aguardavam Paulo. A segunda parada é em Cesareia, onde um profeta dramatiza uma palavra profética indicando mais uma vez no destino difícil do apóstolo.
O que este trecho da Escritura Sagrada nos ensina?
1- O cristão genuíno participará dos sofrimentos de Cristo
O termo cristão quer dizer pequeno Cristo. Interessante notar que o nome Paulo significa pequeno. Em todos os sentidos, Paulo foi uma miniatura de Cristo, após sua conversão. Quando Paulo ensina aos Coríntios: sede meus imitadores como eu sou de Cristo (1Co 11.1), ele realmente tinha autoridade para tal.
Notamos por duas vezes que o Espírito diz que ele sofreria. Todos os discípulos tentaram dissuadir Paulo de ir a Jerusalém. O verso 4 poderia até ser entendido como uma desobediência por parte do apóstolo. Todavia, o que eles não entenderam é que Paulo estava sendo advertido por Deus de que seu destino era este. E mesmo advertido assim, o apóstolo não se desviou ou retrocedeu. Paulo chegou num nível tal de conhecimento da verdade como nenhum outro dos de sua geração. Quiçá, até hoje ele é insuperável.
a) As ilusões deste mundo.
Platão no conta uma alegoria chamada de "da caverna" onde ele mostra que este mundo em que vivemos é pura ilusão. O mundo do perfeito, das coisas perfeitas, é outro. Tudo o que nossos sentidos conhecem são como sombras projetadas numa parede. Na filosofia socrático-platônica, a verdade não pode ser experimentada com as coisas deste mundo.
Nós, normalmente, estamos iludidos com as coisas deste mundo. É natural buscar a felicidade. Nosso erro é que a buscamos nas coisas deste mundo ilusório. A verdadeira felicidade está no mundo perfeito. A filosofia chega muito perto da verdade bíblica. Hebreus nos fala de uma cidade, não deste mundo, mas celestial (Hb 12.22), como sendo nossa verdadeira pátria.
É por isso que os sofrimentos deste tempo presente não são para se comparar com a glória que está por ser revelada. As dores que o crente sofre, de certo modo podem ser elas mesmas consideradas uma ilusão. Se vivêssemos mais o céu, de onde nós somos verdadeiros cidadãos, (2Co 5.20; Cl 1.13), não daríamos tanta importância às coisas deste mundo.
Ao buscar a felicidade e realização nas coisas do mundo, buscamos as sombras, a vaidade. Além de não sermos realmente preenchidos em nosso vazio, criamos uma dependência cada vez maior, assim como os viciados em drogas precisam de doses casa vez mais forte para sentirem o mesmo momentâneo prazer. Por outro lado, ao buscarmos as "coisas que são do alto", somos realmente preenchidos em nossas necessidades.
O problema é que as coisas que são do alto pertencem a Deus. O que a filosofia não reconhece é que "este mundo está no maligno" (1Jo 5.19) e este maligno é inimigo de Cristo, que por sua vez odeia os seguidores de Jesus. Assim sendo, opondo-se aos crentes, o "mundo" procura trazer-lhes dores para impedir que se libertem das ilusões e alcancem a Verdade.
Conclusão
Se somos de fato pequenos Cristo, é absolutamente necessário passar por tribulação e sofrimento neste "tempo presente".
No entanto, são sofrimentos e tribulações diretamente ligados à causa do Senhor. Quando sofremos porque nos apegamos às ilusões deste mundo, somos os únicos responsáveis pelas consequências. Cabe-nos somente clamar pela misericórdia divina. Contudo eles não entrarão na conta de sofrimentos por amor ao Mestre.
De outro modo, padecer por causa e em função do Evangelho, produz para nós um peso de glória impossível de ser medido. E somente o Justo Juiz pode retribuir a cada um segundo a tudo o que produziu.
2Co 4.16-18 - " Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.
Imagem: Profeta Ágabo - https://pt.wikipedia.org/wiki/Ágabo,_o_Profeta
0 Comentários
Não use palavras ofensivas.