O bolo de chocolate
Você chega em casa e em cima da mesa tem um delicioso bolo de chocolate. Quais as hipóteses para este bolo estar ali? Como podemos conhecer a razão para este bolo estar ali?
Vamos analisar do ponto de vista científico e filosófico.
O modelo científico irá decompor o bolo e quais seus ingredientes. É possível saber a proporção de farinha, chocolate, fermento, ovos, açúcar e manteiga presente. É possível saber também, utilizando-se determinados métodos de datação, a quanto tempo o bolo está pronto. É possível refazer a receita e calcular o tempo para o assar o bolo. Nestes experimentos, até acertar as proporções e o tempo exato, alguns bolos darão errado.
Todavia a ciência não responde: Quem fez o bolo original?
O modelo filosófico, valendo-se da abstração, da especulação, pode não explicar os dados, mas proporá a resposta que mais interessa: Quem fez o bolo original.
O método científico parte dos dados para chegar a uma conclusão. O filosófico, a partir da coisa acabada, concluída, procura o que causou o objeto.
Retomando o caso do bolo. Qual a explicação para o surgimento do bolo?
Vinha descendo um caminhão de entregar do supermercado. Um acidente faz o caminhão dar cambalhotas e pegar fogo em frete à sua residência. Os bombeiros apagam o incêndio e no rescaldo, veem um bolo surgido das cinzar. Sem saber o que fazer, observam a porta de sua casa aberta, entram e colocam o bolo em cima da mesa. Esta é uma explicação científica, pois ela não tem dados, observando só o bolo, para afirmar a existência de uma confeiteira.
A filosofia vai dizer que um bolo tão bem confeitado, só pode ser obra de uma confeiteira experiente, que sabe exatamente quais ingredientes, suas proporções exatas e perfeito tempo para assar. A filosofia não sabe explicar como e porque a confeiteira existe, mas refletindo sobre o bolo, chega a esta conclusão, pois nunca viu um bolo surgir do nada. Sempre há um confeiteiro.
Em minha opinião, é um equívoco conflitar os dois conhecimentos. Há muita coisa no universo que a ciência é incapaz de “provar” pois são dados abstratos: a emoção, a alma, o tempo e o espaço.
Por outro lado, há dados concretos que a filosofia não pode dogmatizar, nem impedir a pesquisa, a inquirição e, como demonstrou Descartes, duvidar.
Percebe-se assim a necessidade de uma complementar a outra, como o corpo completa a alma (e vice e versa).
Esta metáfora do bolo foi inspirada em palestra proferida por Adalto Lourenço.

Vamos analisar do ponto de vista científico e filosófico.
O modelo científico irá decompor o bolo e quais seus ingredientes. É possível saber a proporção de farinha, chocolate, fermento, ovos, açúcar e manteiga presente. É possível saber também, utilizando-se determinados métodos de datação, a quanto tempo o bolo está pronto. É possível refazer a receita e calcular o tempo para o assar o bolo. Nestes experimentos, até acertar as proporções e o tempo exato, alguns bolos darão errado.
Todavia a ciência não responde: Quem fez o bolo original?
O modelo filosófico, valendo-se da abstração, da especulação, pode não explicar os dados, mas proporá a resposta que mais interessa: Quem fez o bolo original.
O método científico parte dos dados para chegar a uma conclusão. O filosófico, a partir da coisa acabada, concluída, procura o que causou o objeto.
Retomando o caso do bolo. Qual a explicação para o surgimento do bolo?
Vinha descendo um caminhão de entregar do supermercado. Um acidente faz o caminhão dar cambalhotas e pegar fogo em frete à sua residência. Os bombeiros apagam o incêndio e no rescaldo, veem um bolo surgido das cinzar. Sem saber o que fazer, observam a porta de sua casa aberta, entram e colocam o bolo em cima da mesa. Esta é uma explicação científica, pois ela não tem dados, observando só o bolo, para afirmar a existência de uma confeiteira.
A filosofia vai dizer que um bolo tão bem confeitado, só pode ser obra de uma confeiteira experiente, que sabe exatamente quais ingredientes, suas proporções exatas e perfeito tempo para assar. A filosofia não sabe explicar como e porque a confeiteira existe, mas refletindo sobre o bolo, chega a esta conclusão, pois nunca viu um bolo surgir do nada. Sempre há um confeiteiro.
Em minha opinião, é um equívoco conflitar os dois conhecimentos. Há muita coisa no universo que a ciência é incapaz de “provar” pois são dados abstratos: a emoção, a alma, o tempo e o espaço.
Por outro lado, há dados concretos que a filosofia não pode dogmatizar, nem impedir a pesquisa, a inquirição e, como demonstrou Descartes, duvidar.
Percebe-se assim a necessidade de uma complementar a outra, como o corpo completa a alma (e vice e versa).
Esta metáfora do bolo foi inspirada em palestra proferida por Adalto Lourenço.
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