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O Covid-19 e a obsolescência da instituição igreja e seus templos


Em Atos 1.4,8 Jesus disse que os discípulos deveriam ficar em Jerusalém até serem batizados no Espírito. Após isso, deveriam sair testemunhando, na própria cidade, nos arredores, no pais inteiro e até o fim do mundo.

Porém, cerca de 5 anos depois, ninguém saiu sequer de Jerusalém para cumprir a ordem de ir. Foi preciso uma feroz perseguição, conforme Atos 8.1, para dispersar os crentes. Podemos ver aqui a mão de Deus transformando o mal em bem: a perseguição contribuiu para que o Evangelho começasse a ser pregado para os gentios.

Veio a calmaria após o ano 313, quando a perseguição cessa oficialmente. A partir de então, a Igreja é oficialmente institucionalizada, ou seja, passa a ser uma Instituição. Ela sai das casas e muda-se para o(s) templo(s). Agora temos os pastores oficiais e o povo. Somente os pastores podem dirigir o culto e o povo passa a ser espectador e financiador da Igreja, com seus dízimos e ofertas.

Ladeira a baixo, chegamos no século XVI, onde os pastores nem sequer falam a língua do povo. Os cultos passam a ser celebrados em latim, uma língua que começou a morrer no século V, e, já na época da Reforma, só os padres falavam o latim litúrgico (nas missas).

Deus promove outro choque na cristandade, para trazer a Igreja Verdadeira de volta ao Caminho.
Após um período curto de avivamento, novamente a Igreja entra numa descendente, que eu identifico como o quase fundo do posso com os nossos dias, onde o culto cristão protestante foi transformado em show e entretenimento. Então... veio este isolamento mundial.

Percebemos o quanto é obsoleto todo o aparato que investimos em templos e seus equipamentos. Estamos todos em casa e, se queremos permanecer fiéis a Deus no culto e na adoração, na leitura e estudo das Escrituras, temos de fazê-lo nas casas. Deus nos provou o quanto obsoletos são os templos!
Eu diria mais! Deus está nos mostrando o quando é obsoleto a institucionalização da Igreja. Percebemos que a Igreja subsiste sem a necessidade de assembleias, eleições, atas, regimentos, estatutos, CNPJ, certificado digital... todos este penduricalhos que só servem para distrair e roubar tempo (e dinheiro) que poderiam ser dedicados exclusivamente à pregação discipular e ao culto verdadeiro.

Outro dia vi um ao vivo de uma famosa igreja, que diz ter mais de 10 mil membros. O templo principal parece-me ter capacidade para uns 5 mil assentados. O pastor pregando no mesmo estilo de sempre, andando de um lado para o outro e olhando para as cadeiras... vazias. Nem uma viva alma! A mensagem era boa, mas ninguém fisicamente presente. Ali foi a prova empírica para mim da mais completa obsolescência dos templos e da institucionalização da Igreja.

Vamos destruir os templo? Vamos vender estas propriedades, distribuir o dinheiro ao pobres e voltar à prática simples de cultos nos lares? Não tenho a capacidade de sugerir isto. Tão logo os ditadores do isolamento nos digam que podemos voltar as nos reunir, certamente estarei no templo com todos os que para lá forem para celebrar a Deus. Todavia, estou convencido a empreender todo o meu esforço para deixar de "idolatrar" o templo e a instituição.

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