No capítulo 7.14-25, vimos que Paulo pode estar falando da nação israelita sob a Lei e não de si mesmo ou de um crente inconstante. Assim, o "eu" nestes versos representa o povo judeu. Por analogia, podemos aplicar este "eu" como se referindo a todos os não salvos (que não nasceram de novo).
Desta forma, resumimos que, sem o novo nascimento, toda a humanidade está condenada, ainda que tenha consciência da moralidade do decálogo. A mortalidade carnal impede o não salvo de ser justo. Aqui está o homem carnal.
Ao nascer de novo, o homem é colocado debaixo da graça, é justificado e empoderado para praticar a vontade de Deus. Aqui está o homem espiritual. Ou seja, por causa de Cristo, morre-se o homem carnal e ressuscita-se o homem espiritual.
Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Rm 8.1-4 - NVI).
A solução divina
O crente está justificado, ou seja, livre do julgamento e da condenação. De que modo? Como?
Por um homem entrou o pecado no mundo. A sentença exigia a morte, por isso os homens morrem. Um anjo, ou um animal não podem pagar esta dívida. A solução foi Cristo se tornar homem e quitar o débito.
Não há condenação (v.1)
Foi riscado, foi apagado, toda a sentença de morte contra o crente. Comparando a um tribunal terrestre, o julgamento condenatório foi cancelado, tornado sem efeito porque Jesus sofreu a penalidade imposta.
Uma nova lei (v.2)
Uma lei nova revoga a anterior. A antiga dizia que a alma que pecar, essa morrerá. A nova diz que a alma que confessar Jesus como o Senhor, viverá. Por isso, a Lei do Espírito de vida liberta da lei do pecado e da morte.
Monergismo (v.3)
No verso 3 nós temos a perfeita descrição do que chamamos "monergismo" (trabalho de um só). O que os homens não foram capazes de fazer, Deus fez.
O Pai elabora a solução, o Filho aceita a missão e o Espírito gera a nova vida no homem. é o Espírito quem faz Jesus encarnar no ventre de Maria. Jesus se torna semelhante ao homem no que dize respeito a natureza humana. Contudo, ele jamais possuiu a natureza pecaminosa. Ele foi perfeitamente santo deste o ventre.
Jesus foi cem porcento um ser humano no que diz à nossa constituição biológica, psicológica, física ou metafísica. A única diferença foi não ter cometido nenhum pecado. Nem um sequer! Por isso ele pode condenar o pecado e perdoar o pecador.
Supervencedores (v.4)
De novo, como vimos em 7.14-25, o homem carnal é um perdedor. O homem espiritual é o vencedor. A justa exigência da lei é que eu, pecador, tenho de morrer. Em Jesus, eu cumpro esta exigência. Em Jesus, eu morri. Cumpri a Lei e estou quite. Contudo, em Jesus eu ressuscito e posso desfrutar da vida eterna.
Conclusão
Em Jesus eu morro e ressuscito. Em Jesus eu cumpro as exigência da Lei. A ele, pois a glória, a honra e o louvor, sempre e eternamente. Amém!
Img: Saint Paul, Rembrandt van Rijn (and Workshop?), c. 1657, in encurtador.com.br/cCFT2
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