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Nada pode nos separar do amor de Deus - Rm 8.31-39

Romanos são, nas palavras de John Stott, um levantamento às alturas sublimes como nunca descritas em todo do NT. De fato, estas palavras finais trazem confiança, alegria, conforto, segurança, paz. E, de certa forma, um constrangimento.

Quem, que, o que

Que diremos, então, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? Como está escrito: "Por amor de ti, somos entregues à morte continuamente; fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:31-39)

No verso 31, na maioria de nossas traduções da Bíblia está "quem será contra nós". Todavia, o termo original pode ser traduzido por "(o) que será contra nós". Ou seja, nada absolutamente nada tem o poder de nos separar de Deus, como vai ficar detalhado mais adiante. "Que segurança, sou de Jesus!", como diz a letra do hino.

O mais difícil e terrível Deus fez por nós, que foi entregar à morte seu Filho para nos dar a vida. Portanto, qualquer outra coisa se torna como nada para Deus fazer em nosso favor. Aqui, mais uma vez fica explícita a segurança que temos na prova de amor incontestável.

Acusação, condenação, separação

No direito, o réu é acusado pelos crimes que cometeu. Após as provas demonstrarem a culpa, a sentença é decretada e o condenado é separado da sociedade, levado à prisão.

Nenhuma acusação! Satanás e nossa própria consciência nos acusam diante de Deus. É bem verdade que somos pecadores. Contudo, o amor de Deus por nós ao enviar seu Filho nos atribui justiça. Somos justificados nos méritos de Cristo. Ele se coloca entre nós e o Pai com a finalidade de interceder a nosso favor. 

O Pai não nos toma por inocentes. Na verdade ele nos condena à morte, que é a sentença para o tipo de crime que comentemos. Entretanto, por um ato de graça e misericórdia, ele executa a sentença na pessoa de Cristo. Não é que o pecado fica impune. Somos substituídos por Cristo, que morre em nosso lugar.

7 tormentos

O verso 35 apresentam 7 tormentos que se nos acometem nesta vida. Algumas vezes somos levados a crer que eles são resultados do abandono de Deus. É a nossa consciência nos acusando. Porém, como Cristo venceu, nos também venceremos. Ao ser amado por Deus, nasce em nós um amor por ele. "Nós o amamos porque ele nos amou primeiro". E como o mundo odeia Jesus, somos igualmente odiados, razão esta porque somos comparados a ovelhas indo ao matadouro.

Novamente somos encorajados com as palavras "somos hiper vencedores". O amor de Deus nos consola e nos conforta.

Nada pode nos separar do amor de Deus.

Os versos final dispensam qualquer comentário extra. Até aqui, identificamos o consolo, o conforto, a esperança e a alegria que estas palavras nos trazem.

Mas eu ainda vejo também aqui um constrangimento. De uma lado, aquele constrangimento que sentimos quando percebemos o quanto não merecemos nada disto. De outro ponto de vista, sinto-me constrangido também quando me deixo abalar quando sou acometido pelas vicissitudes descritas no verso 35.

Por esta razão, os versos finais, 38 e 39, são uma hiper mega hipérbole para afirmar a impossibilidade do amor de Deus por nós acabar.

Conclusão

Deus me ama! Deus me ama tanto que sacrificou seu Filho para me salvar. "Senhor, dá-me a capacidade de compreender este amor e viver para a tua glória". 


Img: Saint Paul, Rembrandt van Rijn (and Workshop?), c. 1657, in  encurtador.com.br/cCFT2




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