Subscribe Us

Planos para o futuro - Rm 15.14-33

No final do capítulo 15 de Romanos vamos ver o apóstolo Paulo pedir aos irmãos que o ajudassem na sua futura viagem missionária para a Espanha. Seria uma empreitada difícil, ousada e financeiramente cara. Ele precisaria de ajuda. Além de verificarmos este objetivo, há três princípios muito importantes para nós hoje que podemos extrair destes versos finais.

14 Meus irmãos, estou plenamente convencido de que vocês estão cheios de bondade. Conhecem essas coisas tão bem que podem ensiná-las uns aos outros.
15 Ainda assim, atrevi-me a escrever a vocês sobre alguns desses assuntos, certo de que só precisam de um lembrete. Pois, pela graça de Deus,
16 sou um mensageiro da parte de Cristo Jesus a vocês, os gentios. Anuncio-lhes as boas-novas para que se tornem oferta aceitável a Deus, separados pelo Espírito Santo.
17 Tenho motivo, portanto, para me entusiasmar com o que Cristo Jesus tem feito por meio de meu serviço a Deus.
18 E, no entanto, não ouso me vangloriar de nada, exceto do que Cristo fez por meu intermédio a fim de conduzir os gentios a Deus, por minha mensagem e pelo meu trabalho,
19 convencendo-os pelo poder de sinais e maravilhas e pelo poder do Espírito de Deus. Assim, apresentei plenamente as boas-novas de Cristo desde Jerusalém até o Ilírico.
20 Sempre me propus a anunciar as boas-novas onde o nome de Cristo nunca foi ouvido, para não construir sobre alicerce alheio.
21 Pois, conforme dizem as Escrituras: "Aqueles aos quais ele nunca foi anunciado verão, e os que nunca ouviram falar dele entenderão".
22 É por isso, aliás, que há tanto tempo tenho adiado minha visita a vocês, porque estava pregando nesses lugares.
23 Mas, agora que terminei meu trabalho nessas regiões, e depois de tantos anos de espera, estou ansioso para visitá-los.
24 Planejo ir à Espanha e, quando for, espero passar por Roma. E, depois de ter desfrutado um pouco de sua companhia, vocês poderão me ajudar com a viagem.
25 Antes de visitá-los, porém, devo ir a Jerusalém, para servir ao povo santo de lá.
26 Pois os irmãos da Macedônia e da Acaia juntaram, de boa vontade, uma oferta para os pobres dentre o povo santo em Jerusalém.
27 Ficaram contentes em fazê-lo, pois se sentem devedores deles. Porque os gentios receberam as bênçãos espirituais das boas-novas dos irmãos em Jerusalém, consideram que no mínimo podem retribuir ajudando-os financeiramente.
28 Assim que eu tiver entregado o dinheiro e completado essa boa ação dos gentios, irei à Espanha, visitando vocês de passagem.
29 E estou certo de que, quando for, Cristo abençoará ricamente nosso tempo juntos.
30 Irmãos, peço-lhes em nome de nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor que lhes foi dado pelo Espírito Santo que se unam a mim em minha luta, orando a Deus em meu favor.
31 Orem para que eu me livre dos que estão na Judeia e que se recusam a crer. Orem também para que o povo santo em Jerusalém se disponha a aceitar a oferta que estou levando.
32 Então, pela vontade de Deus, poderei visitar vocês com o coração alegre e teremos um tempo de descanso juntos.
33 Que o Deus que nos dá sua paz esteja com todos vocês. Amém.

Romanos 15.14-33

Explicando o texto

14 Meus irmãos, estou plenamente convencido de que vocês estão cheios de bondade. Conhecem essas coisas tão bem que podem ensiná-las uns aos outros. 15 Ainda assim, atrevi-me a escrever a vocês sobre alguns desses assuntos, certo de que só precisam de um lembrete.

Nos capítulos 14 e 15.1-13, Paulo deu conselhos íntimos aos membros de uma Igreja cuja qual ele não tinha plantado. Ou seja, Roma não era fruto direto de seu trabalho missionário, por esta razão, o apóstolo se expressa assim educadamente.

Pois, pela graça de Deus,
16 sou um mensageiro da parte de Cristo Jesus a vocês, os gentios. Anuncio-lhes as boas-novas para que se tornem oferta aceitável a Deus, separados pelo Espírito Santo.
17 Tenho motivo, portanto, para me entusiasmar com o que Cristo Jesus tem feito por meio de meu serviço a Deus.
18 E, no entanto, não ouso me vangloriar de nada, exceto do que Cristo fez por meu intermédio a fim de conduzir os gentios a Deus, por minha mensagem e pelo meu trabalho,
19 convencendo-os pelo poder de sinais e maravilhas e pelo poder do Espírito de Deus. Assim, apresentei plenamente as boas-novas de Cristo desde Jerusalém até o Ilírico.
20 Sempre me propus a anunciar as boas-novas onde o nome de Cristo nunca foi ouvido, para não construir sobre alicerce alheio.
21 Pois, conforme dizem as Escrituras: "Aqueles aos quais ele nunca foi anunciado verão, e os que nunca ouviram falar dele entenderão". 
22 É por isso, aliás, que há tanto tempo tenho adiado minha visita a vocês, porque estava pregando nesses lugares.
23 Mas, agora que terminei meu trabalho nessas regiões, e depois de tantos anos de espera, estou ansioso para visitá-los.
24 Planejo ir à Espanha e, quando for, espero passar por Roma. E, depois de ter desfrutado um pouco de sua companhia, vocês poderão me ajudar com a viagem

Na sequência, Paulo apresenta suas credenciais. Isto serve como um lembrete de sua autoridade apostólica, que lhe conferiria autoridade sobre os romanos mesmo não tendo sido o plantador original desta comunidade. Ao mesmo tempo, é como se fosse um currículo para que a liderança de Roma investisse no seu ministério e consequente viagem a Espanha.

Nota-se que Paulo reconhece que sem Cristo ele nada é. Todas as suas realizações, sejam os convertidos, sejam os sinais e maravilhas, em tudo ele fora apenas um instrumento de Deus.

Além disso, ele atesta que jamais, jamais "pescou em aquário dos outros".  Ele tranquiliza e ao mesmo tempo se compromete com a liderança dos romanos que não estaria indo à cidade para tomar o lugar deles. Seu grande objetivo e chamado era aos gentios que ainda não tinha ouvido de Cristo. Aliás, Paulo destaca que o motivo pelo qual nunca tinha ido conhecê-los antes era o seu cuidado de não passar a imagem de que poderia estar em Roma para "roubar" a liderança deles. Desta vez era diferente, pois o seu desejo era ir para a Espanha e não existia navio que fosse direto de Cesareia sem parar na capital do Império.

25 Antes de visitá-los, porém, devo ir a Jerusalém, para servir ao povo santo de lá.
26 Pois os irmãos da Macedônia e da Acaia juntaram, de boa vontade, uma oferta para os pobres dentre o povo santo em Jerusalém.
27 Ficaram contentes em fazê-lo, pois se sentem devedores deles. Porque os gentios receberam as bênçãos espirituais das boas-novas dos irmãos em Jerusalém, consideram que no mínimo podem retribuir ajudando-os financeiramente.

O apóstolo relata que estava indo para Jerusalém primeiro. E menciona a grande oferta financeira que os gentios da Macedônia e Acaia fizeram para os cristãos em Jerusalém. Certamente Paulo estava com isto querendo lembrar o dever moral do sustento material aos que são os líderes espirituais. Sem a Igreja de Jerusalém não haveria Igreja de Roma. Os romanos eram filhos espirituais dos crentes da Judeia e todo filho tem o dever moral de honrar os pais.

29 E estou certo de que, quando for, Cristo abençoará ricamente nosso tempo juntos.
30 Irmãos, peço-lhes em nome de nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor que lhes foi dado pelo Espírito Santo que se unam a mim em minha luta, orando a Deus em meu favor.
31 Orem para que eu me livre dos que estão na Judeia e que se recusam a crer. Orem também para que o povo santo em Jerusalém se disponha a aceitar a oferta que estou levando.
32 Então, pela vontade de Deus, poderei visitar vocês com o coração alegre e teremos um tempo de descanso juntos.
33 Que o Deus que nos dá sua paz esteja com todos vocês. Amém.

Finalmente, ele se despede, pedindo orações por sua jornada e sua expectativa em conhecer a Igreja, quem sabe, dentro de um máximo de um ano.

Lamentavelmente as coisas não foram como Paulo imaginava. Sabemos pelo livro de Atos que o apóstolo é mal recebido, fica preso cerca de dois anos e finalmente vai a Roma, mas não como missionário. Paulo segue como prisioneiro e vai ficar em Roma cerca de dois anos. Vai ser solto, porém a Bíblia não nos relata o que aconteceu. Segundo a tradição, Paulo será martirizado e, ao que tudo indica, jamais foi para a Espanha.

Lições práticas

1- A tarefa inacabada

Há muito ainda para se evangelizar. Mesmo no Brasil, milhões ainda não conhecem Jesus como Senhor. Se por um lado em cada esquina deveria ter um local de culto, por outro, é triste ver que há grandes pescadores de aquário. E, normalmente, estes querem apenas o dinheiro das pessoas. 

Vamos anunciar Cristo onde e para aqueles que ainda não lhes foi anunciado. A exemplo de Paulo, vamos procurar levar o evangelho para quem ainda não o recebeu.

2- Sustento pastoral

"Devem ser considerados merecedores de pagamento em dobro os presbíteros que presidem bem, especialmente os que se esforçam na pregação da palavra e no ensino" (1Tm 5.17). 

Existem muitos lobos que estão infiltrados nas igrejas para roubar e saquear o rebanho, em contrapartida é uma ordem bíblica que os pastores que lideram, pregam e ensinam sejam bem remunerados. 

O princípio bíblico é de dobrados honorários. Isto quer dizer que os pastores devem ganhar dentro da realidade local, nem nivelado por cima, nem por baixo.

3- Quais são seus planos para o futuro?

Paulo fez planos, mas a resposta certa veio do Senhor. Paulo não fazia planos pessoais, que não incluísse a pregação do evangelho, e mesmo assim, ele sempre se sujeitou à vontade de Deus.

Você sempre coloca Deus à frente de seus projetos? Sua intenção primeira em seus projetos é glorificar a Deus?

Conclusão

A igreja de Cristo deve ter em mente que acima de qualquer coisa está a vontade de Deus. Nossos projetos pessoais devem sempre incluir o glorificar a Deus. Honrar a Deus acima de tudo envolve também sustentar a obra missionária, seja com as lideranças locais, seja com os missionários de perto ou de longe.



Img: Saint Paul, Rembrandt van Rijn (and Workshop?), c. 1657, in  encurtador.com.br/cCFT2

Postar um comentário

0 Comentários